ANAIS 2014
OCORRÊNCIA DE PHYSALOPTERA GETULA (SEURAT, 1917) EM NASUA NASUA (LINNAEUS, 1766)
Autor(es): Marcella Katheryne Marques Bernal, Lucien Roberta Valente Miranda de Aguirra, Paulo Henrique Leal Bertolo, Leila Menezes da Silva, Ana Silva Sardinha Ribeiro, Washington Luiz Assunção Pereira

OCORRêNCIA DE PHYSALOPTERA GETULA (SEURAT, 1917) EM NASUA NASUA (LINNAEUS, 1766)
» Área de pesquisa: HELMINTOLOGIA
» Instituição: Universidade Federal Rural da Amazônia
» Agência de fomento e patrocinadores:
Introdução: O gênero Physaloptera sp. caracteriza-se por esôfago constituído por região anterior muscular e posterior glandular, com cavidade bucal diminuta ou ausente. Os machos possuem espículas, enquanto as fêmeas apresentam a vulva na porção anterior à medial do corpo, eliminando ovos de formato ovoide e casca espessa. Esses espécimes parasitam representantes da ordem Carnívora, dentre eles, o Nasua nasua, popularmente conhecido como quati, que possui alimentação diversificada, incluindo invertebrados, frutos e pequenos vertebrados. Objetivo: Relatar a ocorrência do nematoide Physaloptera getula em dois espécimes de Nasua nasua provenientes do Parque do Utinga, fragmento florestal do Município de Belém, PA. Metodologia: Os animais, uma fêmea adulta e um macho jovem, vieram a óbito e foram encaminhados ao setor de Patologia da Universidade Federal Rural da Amazônia, onde foi realizada a remoção da porção gastrointestinal para análise parasitológica. Os nematodas colhidos foram fixados em AFA, posteriormente clarificados e classificados com chave taxonômica específica. Resultados: Foram observados 16 exemplares de P. getula no estômago da fêmea (seis machos e dez fêmeas) e 11 exemplares no estômago do macho (cinco machos e seis fêmeas). Os espécimes exibiram dentes internos e externos com tamanhos iguais. Os machos possuíam dois espículos desiguais, um curvado e o outro reto, além de vinte três papilas. A média total dos machos foi de 25,3 mm comprimento e 0,82 mm de largura. As fêmeas exibiram vulva disposta próximo a porção final do esôfago e média total de 49,2 mm de comprimento e 1,3 mm de largura. Conclusão: A P. getula é um parasita comum em roedores como o rato d’água (Nectomys squamipes e Nectomys rattus), de ocorrência em quase todos os estados do Brasil, sugerindo que os quatis parasitados possuem hábitos alimentares de pequenos mamíferos, estando suscetíveis a parasitas encontrados em roedores.