As verminoses gastrintestinais causadas por tricostrongilídeos são um dos grandes desafios à criação de ruminantes a pasto, devido à resistência anti-helmíntica. Como parte do ciclo destes parasitos se passa no ambiente, a alteração do microclima pelo manejo de pastagens poderia ser uma alternativa de controle parasitário. Este trabalho foi realizado para estudar a viabilidade de larvas infectantes de tricostrongilídeos em capim Marandu, com alturas de 15 e 25 cm, nas condições climáticas do período seco, na região de Uberlândia, Minas Gerais. Para isto, foram delineadas 48 parcelas de 50X50cm em uma área pré-estabelecida de capim Marandu. No dia 13 de julho de 2013 dia zero, foi realizada contaminação de cada parcela com 5g de fezes contendo média de 1000 ovos de tricostrongilídeos por grama de fezes, cultivadas por 7 dias em laboratório até desenvolver o estádio infectante (L3). A análise estatística considerou a comparação entre dois tratamentos (altura inicial do capim 15 centímetros e 25 centímetros) e sete dias de amostragem (7, 14, 21, 35, 49, 63 e 77 dias pós contaminação). As L3 puderam ser recuperadas viáveis das amostras de fezes até 77 dias após contaminação experimental. No entanto, apenas foi possível recuperar as larvas das amostras de pasto até o 21ºdia. Não houve diferença significativa no número de L3 recuperadas em pasto com altura inicial de 15 e 25cm pelo Teste de Mann Whitney (p>0,05), nem entre o trato superior e inferior da forragem pelo teste de Wilcoxon (p>0,05). Conclui-se que, nas condições em que o estudo foi realizado, não haveria diferença no número de larvas infectantes encontradas em áreas de capim Marandu manejadas a 15 ou 25cm de altura pós pastejo, e que as larvas de tricostrongilídeos podem permanecer viáveis nas fezes por até 77 dias nas condições de seca. |