SUSCETIBILIDADE A ACARICIDAS EM RHIPICEPHALUS MICROPLUS NO RIO GRANDE DO SUL: SÉRIE HISTÓRICA 2007-2013
Autor(es): Guilherme Marcondes Klafke, José Reck, Rovaina Laureano Doyle, Julsan Silveira dos Santos, Anelise Webster, Bruno DallAgnol, Jeniffer Silva dos Santos, Mateus Felipe Osório dos Santos, Rafael Barreto, Ramon Fernandes Scheffer, Ugo Araújo Souza, Vivian Bamberg Corassini, João Ricardo Martins
SUSCETIBILIDADE A ACARICIDAS EM RHIPICEPHALUS MICROPLUS NO RIO GRANDE DO SUL: SéRIE HISTóRICA 2007-2013
» Área de pesquisa: ACAROLOGIA
» Instituição: IPVDF-FEPAGRO
» Agência de fomento e patrocinadores: FAPERGS e CNPq
O monitoramento da suscetibilidade de populações de Rhipicephalus microplus aos acaricidas é ferramenta essencial para estratégias sustentáveis e economicamente viáveis para o controle deste parasito, uma vez que o controle químico depende, fundamentalmente, de um produto eficaz. Comumente o monitoramento da atividade in vitro (AIV) de acaricidas é realizado através do teste de imersão de adultos (TIA). O objetivo deste trabalho foi compilar os resultados obtidos pelo Laboratório de Parasitologia do Instituto de Pesquisas Veterinárias Desidério Finamor (IPVDF) entre 2007 e 2013, quanto à AIV das principais classes químicas comercializadas para o controle de populações de R. microplus: piretróides sintéticos (PS), amitraz, fipronil e associações entre PS e organofosforados (PS+OF). Durante o período foram recebidas 619 amostras de teleóginas oriundas de propriedades de produção bovina de diferentes localidade do Rio Grande do Sul (RS). Foram consideradas resistentes as populações em que a AIV de determinado produto foi menor que 85%, considerando resistente para a classe química quando pelo menos uma das formulações testadas apresentou AIV abaixo de 85%. Durante o período (2007-2013), houve aumento da proporção de populações resistentes aos PS, de 78,85 para 97,18%. A resistência ao amitraz permaneceu praticamente estável (de 79,52% para 87,91%). A resistência ao fipronil aumentou de 26,79% em 2007 para 50% das populações avaliadas em 2013. Com relação às associações de PS+OF, a proporção de populações resistentes oscilou entre 24,19% em 2007 e 15,49% em 2013. Os resultados praticamente condenam a utilização de PS não associados para o controle de carrapatos no RS. A resistência ao amitraz está disseminada e pelo menos metade das populações de carrapatos são resistentes ao fipronil. As associações entre PS+OF ainda consistem em uma alternativa de controle químico viável, entretanto devem ser utilizados com cautela para que a pressão seletiva sobre esses produtos não comprometa sua eficácia.