ESTUDO DO NÍVEL DE PARASITEMIA POR BABESIA SPP. EM BOVINOS DE CORTE PELA QPCR
Autor(es): Rodrigo Giglioti, Adriana Mércia Guarantini Ibelli, Clarissa Helena Santana, Thuane Caroline Gonçalves, Talita Barban Bilhassi , Thalita Athie Néo, Márcio Dias Rabelo, Ana Carolina de Souza Chagas, Rosângela Zacarias Machado, Henrique Nunes de Oliveira, Márcia Cristina de Sena Oliveira
ESTUDO DO NÍVEL DE PARASITEMIA POR BABESIA SPP. EM BOVINOS DE CORTE PELA QPCR
» Área de pesquisa: PROTOZOOLOGIA
» Instituição: FCAV - Unesp, Câmpus de Jaboticabal
» Agência de fomento e patrocinadores: Processo FAPESP: 2011/23833-2
A babesiose bovina é responsável por significativa redução na produtividade de bovinos criados em regiões tropicais do Brasil, onde o carrapato Rhipicephalus (Boophilus) microplus ocorre de forma endêmica. A seleção de animais mais resistentes a estas doenças poderia reduzir de modo significativo os prejuízos aos criadores. Assim, o objetivo deste experimento foi verificar a existência de associação entre o número de carrapatos presentes nos animais e os níveis de parasitemia por Babesia bovis e B. bigemina, quantificada pela técnica de qPCR, como subsídio para novas estratégias de seleção para a resistência a estes parasitas. Foram usados 203 bovinos taurinos puros e cruzados com zebuínos. Em duas oportunidades foram feitas contagens de fêmeas de carrapato com tamanho superior a 4,5 mm, no lado esquerdo dos animais e foram colhidas amostras de sangue com EDTA, para extração de DNA. Estas amostras foram usadas para quantificação do DNA de B. bovis e B. bigemina através da técnica da qPCR, usando oligonucleotídeos iniciadores que flanqueiam o gene do citocromo b e produzem amplicons com 88 pares de bases. A associação entre o número de cópias (NC) de DNA de cada hemoparasita e as contagens de carrapatos foram avaliadas através da correlação de Pearson, utilizando o procedimento PROC CORR do pacote estatístico do SAS. Correlação positiva e significativa (P<0,05), porém com valor baixo (0,17), foi encontrada entre os NC de B. bovis e B. bigemina, entretanto, não foram verificadas associações significativas entre a contagem dos carrapatos e os NC para as duas espécies de babésias. Os resultados encontrados no presente trabalho evidenciam que mesmo havendo uma associação entre o nível de parasitemia por B. bovis e B. bigemina, existem flutuações independentes entre as espécies e que o nível da infestação por carrapatos não influenciou o NC de DNA dos hemoparasitas presentes nas amostras de sangue.
