ANAIS 2014
CARRAPATOS EM TATUS PROCEDENTES DE ÁREA DO ECÓTONO AMAZÔNIA-CERRADO.
Autor(es): HELCILEIA DIAS SANTOS, EDER JOFRE ALVES VANZELER, LUCIANA RODRIGUES JACOME, SAMARA ROCHA GALVÃO, Osmar Negreiros Filhos, Silvia Minharro

CARRAPATOS EM TATUS PROCEDENTES DE áREA DO ECóTONO AMAZôNIA-CERRADO.
» Área de pesquisa: ACAROLOGIA
» Instituição: UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS
» Agência de fomento e patrocinadores:
Os mamíferos da família Dasipodidae ocorrem em vários biomas brasileiros e geralmente são encontrados parasitados por carrapatos, principalmente os do gênero Amblyomma. O objetivo deste estudo foi identificar e relatar as espécies de Ixodideos parasitas de tatus (Xenartha: Dasipodidae) capturados em áreas do ecótono Amazônia-Cerrado. Os animais foram capturados durante o processo de resgate de fauna da usina de Estreito, Maranhão, ao longo de 260 Km de margem do Rio Tocantins, abrangendo os estados do Tocantins e Maranhão. Os carrapatos foram retirados diretamente dos hospedeiros e depositados em frascos contendo álcool 70º, devidamente identificado por espécie hospedeira. No laboratório os exemplares foram observados em microscópio estereoscópico e identificados. Foram capturados 93 exemplares de ixodideos do gênero Amblyomma em 33 hospedeiros da família Dasypodidae. Os carrapatos adultos (86) foram classificados como Amblyomma auricularium (53,5%), Amblyomma pseudoconcolor (23,3%), Amblyomma nodosum (11,6%), Amblyomma rotundatum (5,8%) e Amblyomma cajennense (5,8%). Três ninfas e 4 larvas foram encontradas em 2 hospedeiros. Quatro fêmeas de A. rotundatum foram coletadas de D. novencinctus e uma fêmea em E. sexcinctus, hospedeiros não habituais para esta espécie de carrapato, o mesmo observado para A. nodosum, onde 10 machos foram encontrados em E. sexcinctus, fato que pode ter ocorrido devido a aglomeração de várias espécies animais em pequenas áreas até que se procedesse o resgate. O alagamento de grandes áreas obriga a fauna silvestre a desloca-se para áreas onde as condições de sobrevivência lhes seja favorável, o que pode possibilitar uma maior aproximação entre animais silvestres, domésticos e o homem, favorecendo a dispersão de patógenos e a emergência de doenças transmitidas por estes parasitos em uma região.