ANAIS 2014
DETECÇÃO DA INFECÇÃO POR BABESIA CANIS VOGELI EM CÃES DO MUNICÍPIO DE PETROLINA, PE
Autor(es): Andreina de Carvalho Araujo, Júlia Angélica Gonçalves da Silveira, Sergio Santos de Azevedo, Múcio Flávio Barbosa Ribeiro, Fernanda Aparecida Nieri Bastos, Marcelo Bahia Labruna, Mauricio Claudio Horta

DETECÇÃO DA INFECÇÃO POR BABESIA CANIS VOGELI EM CÃES DO MUNICÍPIO DE PETROLINA, PE
» Área de pesquisa: PROTOZOOLOGIA
» Instituição: Universidade Federal do Vale do São Francisco
» Agência de fomento e patrocinadores: FACEPE; CNPq
A babesiose canina é uma enfermidade de distribuição cosmopolita, sendo causada no Brasil, principalmente pela espécie Babesia canis vogeli, e transmitida principalmente pelo carrapato Rhipicephalus sanguineus. Poucos são os estudos realizados no nordeste do Brasil, especificamente nas regiões semiáridas. O presente estudo objetivou avaliar a prevalência de Babesia spp em cães e carrapatos vetores de áreas urbanas e rurais do município de Petrolina, PE; identificando os possíveis fatores de risco associados à infecção por este agente. Amostras de soro e sangue periférico de 404 cães foram testadas contra antígenos de Babesia canis vogeli pelo Ensaio de Imunoflorescência Indireta (IFI), e por esfregaços sanguíneos, respectivamente. A presença de infestação por carrapatos foi avaliada nos cães, e alguns espécimes foram submetidas à amplificação do DNA pela Reação em Cadeia pela Polimerase (PCR). A presença de anticorpos anti-B. canis vogeli foi determinada em 57,9% (234/404) dos cães. A soroprevalência em áreas urbanas e rurais foi de 48,5% e 67,3%, respectivamente. A detecção direta de Babesia spp foi obtida em 0,5% (2/404) dos cães pela visualização de formas intraeritrocitárias. A infestação pelo carrapato Rhipicephalus sanguineus foi observada em 54,5% (220/404) dos cães. A amplificação de DNA de Babesia canis vogeli obtido pela PCR foi de 6% (3/50) em carrapatos testados individualmente; e de 8,7% (7/80) em pools de carrapatos contendo 4 indivíduos cada. Os fatores de risco para presença de anticorpos anti- B. canis vogeli utilizando modelo de regressão logística (P < 0,05) foram: porte médio (P <0,001), contato com áreas de floresta (P = 0,021), acesso dos cães à rua (P = 0,046). Este estudo descreve pela primeira vez a infecção por Babesia canis vogeli em cães e carrapatos de áreas urbanas e rurais do município de Petrolina. Novos estudos devem ser realizados para o entendimento da epidemiologia da babesiose canina na região estudada.