| Dentre as enfermidades que causam prejuízos econômicos à ovinocultura, as parasitoses gastrintestinais são responsáveis pelas maiores perdas, e neste contexto ainda há o fator resistência anti-helmíntica associado. No Laboratório de Parasitologia da Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA), são realizados testes de resistência aos parasitos gastrintestinais com relação aos produtos disponíveis no mercado. Os resultados são obtidos com a utilização das técnicas de Gordon & Whitlock para contagem de ovos por grama de fezes (OPG) e Roberts & O’Sullivan (coprocultura) para identificação das larvas infectantes, obtendo-se assim uma ideia de quais produtos ainda não possuem resistência no rebanho e propiciando a utilização apenas dos que alcançam uma eficácia mínima desejada que é considerada acima de 90%, lembrando que cada propriedade é uma realidade diferente. No período de um ano de trabalho no Laboratório de Parasitologia da UNIPAMPA entre os anos 2013/2014 foram examinadas mais de 1500 amostras de fezes de ovinos para contagem de OPG e aplicação nos testes de resistência em diferentes propriedades do município de Uruguaiana-RS. A técnica de contagem de OPG é realizada rotineiramente no laboratório pelos integrantes do mesmo, bem como a coprocultura para identificação das larvas de nematódeos que acometem cada rebanho, sendo em sua ampla maioria, exemplares de Haemonchus sp. (90%). Com a realização dos testes de resistência, foi possível constatar que na maior parte dos rebanhos testados no município, cerca de 80% medicamentos disponíveis apresentam resistência, isso indica que maiores cuidados devam ser tomados por parte dos ovinocultores a fim de minimizar os impactos da resistência parasitária, como a utilização de ferramentas que estão ao seu alcance que retardem o aparecimento dessa condição, como o método FAMACHA, técnicas de contagem de OPG, coprocultura e novos testes de resistência do rebanho com um intervalo máximo de dois anos. |
