| O objetivo deste estudo foi de avaliar os níveis séricos de imunoglobulina G (IgG) anti-Oestrus ovis em cordeiros da raça Bergamacia desde o nascimento até o dia do abate. O estudo foi realizado no setor de ovinos da UNESP, Botucatu-SP de julho de 2011 a janeiro de 2012. Foram utilizados 26 cordeiros e amostras de soro foram colhidas quinzenalmente sendo a primeira amostra coletada no dia do nascimento e a última no dia do abate a fim de determinar os níveis séricos de IgG utilizando o método ELISA. Em janeiro todos os cordeiros foram sacrificados e as larvas de O. ovis recuperadas, quantificadas e identificadas de acordo com o estádio larval. No final do estudo, todos os animais estavam parasitados pelos diferentes instares larvais de O. ovis, com média de 38,8 larvas/animal e a intensidade de infestação variou entre 10 e 97 larvas. Os níveis séricos de IgG foram variáveis ao longo das coletas, apresentando níveis elevados de IgG anti-O. ovis nos primeiros quinze dias de vida, com médias de porcentagem de absorbância de 70% no dia do nascimento e 61% na segunda semana, o que indica que houve transferência de anticorpos das ovelhas para os cordeiros via colostro. Em seguida os níveis de anticorpos começaram a decrescer chegando ao nível mais baixo no segundo mês de vida dos cordeiros. A partir dos 90 dias de vida, houve aumento progressivo nos níveis de anticorpos em decorrência do desenvolvimento de resposta imunológica contra o parasita, com ápice aos 150 dias de vida, no última dia de coleta. Porém, a resposta imunológica foi insuficiente para proteger os cordeiros contra a infestação por larvas de O. ovis . |
