Este estudo teve como objetivo avaliar a eficácia do tratamento estratégico seletivo no controle das helmintoses gastrintestinais em bezerras, do nascimento até 12 meses de idade, na Fazenda Experimental da UFLA, entre abril de 2013 a maio de 2014. Vinte e oito bezerras da raça holandesa foram divididas igualmente em dois grupos: Tratamento estratégico (TE) e Tratamento convencional (TC). As amostras fecais foram coletas a cada 14 dias e, o TE (Ivermectina a 3,5%) foi realizado sempre que a contagem de ovos por grama de fezes (OPG) era ≥300, na desmama (90 dias de idade) e nos meses de janeiro, abril, julho e outubro. As análises descritivas, Teste de t-student e Teste de qui-quadrado foram realizados no software SPSS Statistics 20. As contagens OPG foram classificadas, segundo o seguinte escore: 0= nenhum ovo; 1= ≤300 OPG; 2= >300 a ≤1000 OPG; 3= >1000 OPG. De 420 amostras fecais, 55,7% (118,6/213) e 44,3% (91,7/207) foram classificadas com o escore 0 no TE e TC, respectivamente. O escore 3 foi observado em 16,7% (35,6/213) das amostras do TE e 22,7% (47/207) no TC. A mediana de OPG foi 0 (mín.= 0 e máx.= 10.700) e 100 (mín.= 0 e máx.= 24.000), no TE e TC, respectivamente. Trichostrongylus (30%), Cooperia (21%) e Ostertagia (20%), foram os gêneros de nematódeos mais frequentes recuperados na coprocultura. O ganho de peso médio diário (GPD) foi de 0,52kg ± 0,12kg/dia no TE e 0,54kg ± 0,09kg/dia no TC, sem apresentar diferença significativa (p> 0,736) entre os dois tratamentos. Os resultados parciais deste estudo indicam que, embora sem apresentar reflexos positivos sobre o ganho de peso, o TE reduziu a contagem de OPG em bezerras leiteiras, se comparado ao TC.
Palavras-chave: Bovinocultura leiteria, coprocultura, nematódeos gastrintestinais, OPG.
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