ANAIS 2014
INFECÇÃO EXPERIMENTAL DE ANAPLASMA CENTRALE EM LINHAGEM DE CÉLULAS EMBRIONÁRIAS DO CARRAPATO RHIPICEPHALUS MICROPLUS
Autor(es): Bruno DallAgnol, Paula Pohl, José Mário de Freitas Balanco, Guilherme Marcondes Klafke, João Ricardo Martins, Sirlei Daffre, José Reck, Carlos Alexandre Sanchez Ferreira

INFECçãO EXPERIMENTAL DE ANAPLASMA CENTRALE EM LINHAGEM DE CéLULAS EMBRIONáRIAS DO CARRAPATO RHIPICEPHALUS MICROPLUS
» Área de pesquisa: DOENÇAS VETORIAIS
» Instituição: IPVDF / PUCRS
» Agência de fomento e patrocinadores: FAPESP, FAPERGS, FINEP
Anaplasma marginale subespécie centrale é utilizada como vacina para prevenção e controle da anaplasmose bovina. As bactérias do gênero Anaplasma são gram-negativas intracelulares obrigatórias pertencentes à família Anaplasmataceae. Diversos membros desta família já foram isolados e propagados in vitro. O objetivo deste trabalho foi avaliar a infecção experimental de A. centrale em células da linhagem BME26, originalmente isoladas de embriões do carrapato Rhipicephalus microplus. Células BME26 foram semeadas e cultivadas em meio de cultura L-15b300 a 34°C. Vinte e quatro horas após, as células foram inoculadas com eritrócitos bovinos infectados com A. centrale. Células não infectadas foram paralelamente mantidas como controle experimental. 1, 3 e 7 dias após a infecção, as células foram descoladas e a densidade e viabilidade celular foram determinadas pela coloração de Azul de Tripan. Em seguida, o DNA total foi extraído das células infectadas. Os níveis de infecção das células BME26 com A. centrale foram determinados por quantificação relativa através da técnica de qPCR e utilizando oligonucleotídeos para o gene msp1α de A. centrale e o gene s3a de R. microplus como normalizador. Os valores da quantificação relativa de A. centrale apresentaram decréscimo de aproximadamente 43% e 76% nos dias 3 e 7 pós-infecção, respectivamente, quando comparados ao dia 1 pós-infecção. Não houve diferença significativa (p > 0,05) na viabilidade celular na comparação entre os diferentes dias pós-inoculação e o controle não infectado. Os resultados aqui apresentados mostram que a A. centrale é capaz de infectar as células BME26, porém esta infecção foi limitante, uma vez que se observou uma diminuição progressiva no número de bactérias ao longo do tempo. Este trabalho demonstra a infecção experimental de A. centrale em cultura de células de carrapatos, tornando-se importante a otimização da técnica experimental, além da verificação da possibilidade de infecção em outras linhagens.