Limitante para a caprinocultura no Sudeste do Brasil são os nematódeos gastrintestinais (NGI). Este estudo teve como objetivo avaliar o potencial anti-helmíntico da Musa spp. e polpa cítrica peletizada na dieta de caprinos. Foram realizados 3 esquemas terapêuticos com 8 animais por grupo, durante 90 dias. O grupo (GV) vermifugado com Ripercol® 13,5% - 2ml/20kg; o grupo (GMC) alimentado com 13% de folha de Musa spp e 10% de polpa citrica peletizada e o grupo (GC) controle, sem vermifugação e alimentados com ração comercial Guabi® e volumoso oferecidos ad libitum a todos os grupos. Os caprinos estavam infectados naturalmente. Os grupos foram submetidos a avaliações parasitológicas, anamnese e hematológicas a cada 15 dias. Ao final do experimento 2 animais aleatoriamente sorteados foram eutanasiados (Comitê de Ética no Uso de Animais – CEUA da Unicamp/SP, protocolo 3109-1). Foram realizadas analises fitoquímicas dos subprodutos agrícolas utilizados. A análise estatística foi realizada com o programa SAS. O OPG do GC foi estatisticamente diferente dos grupos tratados com aumento de OPG 263,6% (±306,05) (p< 0,005). A média de OPG do GMC foi de: 52,5% (±158,7) redução, estatisticamente semelhante aos resultados do GV redução de 56,8 % (± 115,4). Durante a avaliação clínica 93; 84 e 70% dos animais nos GC; GV e GMC respectivamente apresentaram manifestações respiratórias. Além disso, em 25% das amostras fecais do GV, foi observado diarréia e proglotes de Moniezia benedeni. As avaliações hematológicas indicaram anemia macrocítica hipocrômica no GC. A associação entre as folhas de Musa spp. e polpa citrica peletizada em sistemas in vivo de caprinos, reduziu o OPG das superfamílias Trichinelloidea, Strongylloidea e Trichostrongylidea. Dentre os compostos encontrados na Musa spp. rutina e a vitamina E foram majoritários, enquanto a polpa teve hespirudina e esqualeno. Desta forma, a terapêutica proposta constitui-se em alternativa para o controle das helmintíases intestinais. |