ANAIS 2014
ATIVIDADE DE ENZIMAS ASSOCIADAS À RESISTÊNCIA EM LARVAS DE RHIPICEPHALUS MICROPLUS EXPOSTAS À IVERMECTINA
Autor(es): Valeria Lis Le Gall, Tatiana Teixeira Torres, Rafael Barreto, Guilherme Marcondes Klafke

ATIVIDADE DE ENZIMAS ASSOCIADAS à RESISTêNCIA EM LARVAS DE RHIPICEPHALUS MICROPLUS EXPOSTAS à IVERMECTINA
» Área de pesquisa: ACAROLOGIA
» Instituição: Universidade de São Paulo
» Agência de fomento e patrocinadores: FAPESP, CNPq, CAPES
O parasitismo por Rhipicephalus microplus é um dos maiores problemas sanitários para a pecuária bovina no Brasil. O controle químico com ivermectina é amplamente utilizado, mas seu uso indiscriminado conduziu à seleção de cepas resistentes. Os mecanismos de resistência a ivermectina são ainda pouco conhecidos. Geralmente são atribuídos às mutações nos genes codificantes para os canais de cloro ligados a glutamato. Embora outros mecanismos poderiam estar envolvidos, incluindo mecanismos enzimáticos como expressão diferencial de esterases, glutationa S transferases (GST) e oxidases de função mista (MFO). Para avaliar o envolvimento destas enzimas na resistência a ivermectina foram utilizadas larvas de R. microplus das cepas Mozo (suscetível) e Juarez (resistente) como referência e mais quatro populações de campo do estado do Rio Grande do Sul, três resistentes e uma suscetível. Foram conduzidos ensaios in vitro de tempo-mortalidade através do teste de imersão larval com ivermectina. As cepas suscetíveis não apresentaram sobreviventes 24 horas após a exposição. A quantificação da atividade enzimática para MFO, esterases alfa e beta e GST foi realizada por método bioquímico-colorimétrico após quatro e 24 horas da exposição nas cepas resistentes. Não houve diferença significativa no nível de atividade de MFO e GST ao longo do tempo na maioria das cepas resistentes. A atividade de alfa-esterases foi significativamente reduzida 24 horas após a exposição à droga nas amostras resistentes. Verificou-se uma redução significativa da atividade de beta-esterases em duas cepas resistentes. É preciso aprofundar os estudos com enzimas, com ênfase nas cepas suscetíveis, para comparação mais precisa das atividades. A inclusão de estudos com sinergistas pode contribuir de forma importante para estabelecer o envolvimento das enzimas investigadas.