ANAPLASMA PHAGOCYTOPHILUM E EHRLICHIA CANIS EM CÃES DE BELO HORIZONTE-MG: DIAGNÓSTICO CLÍNICO, PARASITOLÓGICO, SOROLÓGICO, MOLECULAR
Autor(es): Júlia Angélica Gonçalves da Silveira, Pamela Cristina Lopes Gurgel Valente, Manoel dos Santos, Natália Palhares, Paulo Roberto de Oliveira Paes, Artur Vieira Vasconcelos, Bruna Torres Silvestre, Múcio Flávio Barbosa Ribeiro
ANAPLASMA PHAGOCYTOPHILUM E EHRLICHIA CANIS EM CãES DE BELO HORIZONTE-MG: DIAGNóSTICO CLíNICO, PARASITOLóGICO, SOROLóGICO, MOLECULAR
» Área de pesquisa: DOENÇAS VETORIAIS
» Instituição: Departamento de Parasitologia, ICB, UFMG – Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil
» Agência de fomento e patrocinadores: Capes
Fapemig
Anaplasma phagocytophilum é uma zoonose emergente transmitida por carrapato responsável pela anaplasmose granulocítica. É frequentemente relatada em seres humanos e animais na América do Norte, Europa e Ásia. No Brasil, existe somente diagnóstico sorológico e molecular em animais. O objetivo do presente estudo é descrever dois casos clínicos confirmados por diagnóstico parasitológico, sorológico e molecular de co-infecção entre A. phagocytophilum e Ehrlichia canis em cães domiciliados em Belo Horizonte, Minas Gerais. Os cães eram machos, sendo um Buldogue francês de oito anos e um Daschund de onze anos de idade. Ambos os animais apresentavam histórico de infestação por carrapatos, perda de peso, letargia, alterações de pele (hipotricose e alopecia) e exame negativo para leishmaniose. O Buldogue apresentou infestação por Demodex canis, sufusões de pele na região ventral e crostas com escoriações. O Daschund apresentou linfadenomegalia generalizada, seborreia seca e artralgia. Nos exames laboratoriais ambos apresentaram anemia, trombocitopenia e leucopenia. Mórulas foram encontradas em granulócitos e monócitos nos esfregaços sanguíneos de ambos, que também foram positivos para A. phagocytophilum e E. canis na técnica de imunofluorescência indireta (titulação 1:40) e em reações de nested PCR (alvo msp4 para A. phagocytophilum e 18s rRNA para E. canis), seguidas de sequenciamento nucleotídico. De acordo com o nosso conhecimento este é o primeiro relato clinico, parasitológico, sorológico e molecular de A. phagocytophilum no Brasil, destacando a importância crescente desse agente no país.