AVALIAÇÃO DA VACINA INATIVADA DE ANAPLASMA MARGINALE ASSOCIADA A RMSP1A FUNCIONALIZADA À NANOTUBOS DE CARBONO
Autor(es): Bruna Torres Silvestre, Élida Mara Leite Rabelo, Alice Freitas Versiani, Flávio Guimarães da Fonseca, Júlia Angélica Gonçalves da Silveira, Lilian Lacerda Bueno, Ricardo Toshio Fujiwara, Múcio Flávio Barbosa Ribeiro
AVALIAçãO DA VACINA INATIVADA DE ANAPLASMA MARGINALE ASSOCIADA A RMSP1A FUNCIONALIZADA à NANOTUBOS DE CARBONO
» Área de pesquisa: DOENÇAS VETORIAIS
» Instituição: Departamento de Parasitologia, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil.
» Agência de fomento e patrocinadores: CNPq, FAPEMIG
A vacinação de bovinos adultos contra anaplasmose bovina, em área de instabilidade enzoótica, é essencial para reduzir prejuízos causados pela enfermidade. O potencial imunogênico da MSP1a do A. marginale faz dela um potencial candidato vacinal. Entretanto, MSP1a não é expressa em riquétsia cultivada em células IDE8, havendo a necessidade da produção da proteína recombinante. A nanobiotecnologia revelou novas perspectivas sobre a aplicação de nanotubos de carbono na área biológica. O objetivo deste trabalho foi avaliar a resposta imune humoral e celular de camundongos BALB/c imunizados com vacina inativada de A. marginale, produzida em células IDE8, associada ao fragmento recombinante da rMSP1a funcionalizada à nanotubos de carbono. Amostra de A. marginale UFMG2 foi cultivada em células IDE8 e os corpúsculos rompidos com ultrassom. A proteína MSP1a foi expressa em Escherichia coli BL21, purificada e ligada covalentemente à nanotubos de carbono de paredes múltiplas (MWNTs). Trinta camundongos BALB/c foram divididos em cinco grupos e imunizados por via subcutânea nos dias 0, 21 e 42 no esquema: G1 (rMSP1a), G2 (MWNT+rMSP1a), G3 (MWNT), G4 (vacina inativada associada a MWNT+rMSP1a) e G5 (adjuvante). Todos inóculos foram emulsionados em adjuvante oleoso. Amostras de sangue dos camundongos foram coletadas no 11º dia após cada imunização. Após a última imunização, o baço foi coletado e os esplenócitos utilizados em ensaios de proliferação celular e imunofenotipagem. Camundongos imunizados com rMSP1a (G1, G2 e G4) produziram altos níveis de IgG anti-rMSP1a, demonstrando que a funcionalização com MWNT não interferiu na imunogenicidade da proteína. A imunização com MWNT+rMSP1a (grupos G2 e G4) induziu porcentagens significativamente maiores de células T CD4+CD44+ e CD4+CD62L+, níveis elevados de TNF-α e maiores taxas de proliferação celular em comparação com grupo G1. Estudos utilizando bovinos deverão ser realizados para determinar a eficácia, a segurança, a imunogenicidade e a proteção induzida pela rMSP1a associada com MWNT.