A fasciolose é causada pelo parasito Fasciola hepatica, sendo zoonose, acarretando prejuízos à criação de bovinos e ovinos que eliminam nas fezes ovos operculados contendo óvulo fertilizado. Esse estudo objetiva avaliar as fases de desenvolvimento morfológico dos ovos. Esses foram obtidos de amostras fecais de ovinos infectados, utilizando técnica de quatro tamises, colocados em placas de Petri com água desclorada em estufa a 25°C, oxigenadas diariamente por troca da água. A observação do desenvolvimento fora realizada em microscópio óptico no aumento de 20X e 40X. Os 1°, 2º e 3º dias, caracterizaram-se por numerosas células vitelínicas provenientes da produção de glândulas do parasito adulto, responsáveis por aporte nutritivo. Centralizado no ovo há presença de células germinativas e no 4º dia, houve organização e aumento no volume dessas células, responsáveis pela formação do embrião. No 5° e 6º dias, observaram-se células flamas do sistema excretor e o sistema circulatório. No 7º dia, tem-se princípio do movimento ciliar, extensão e flexão do embrião, após estímulo luminoso captado por manchas ocelares. As vesículas de células vitelínicas fundiram-se em vacúolos; observaram-se grânulos na região mediana e anterior da cápsula oval. No 8º dia, constataram-se batimentos sincronizados dos cílios; os vacúolos vesiculares fundiram uns aos outros, aumentando de volume em número par ou triplo no ovo. Constatou-se projeção tecidual na região anterior do embrião, onde se encontra o terebratorium. No 9° dia, os miracídios em contato com a porção posterior do ovo realizaram movimentos de propulsão em direção à região opercular, onde começaram a eclodir no 10° dia, se exteriorizando parcialmente com a abertura do opérculo; os vacúolos ocuparam o espaço no ovo, com rompimento e liberação de fluido viscoso. Dessa forma, o desenvolvimento dos ovos e eclosão de miracídios possibilita continuidade do ciclo através da infecção de moluscos do gênero Lymnaea sp. |