COMPORTAMENTO DO VOLUME PLAQUETÁRIO MÉDIO (MPV) EM CÃES SORORREATIVOS PARA LEISHMANIA SPP. DE NITERÓI, RJ
Autor(es): Maurício Rafael Domingues Rocha, Maria Regina Ferreira, Santila Antunes Cardoso Bravo, Sabrina Destri Emmerick Campos, Niara Vanat Nadal, Camila dos Santos Giesteira, Fabiano Borges Figueiredo, Aline Moreira de Souza, Nadia Regina Pereira Almosny |
| A leishmaniose visceral canina (LV) é uma antropozoonose considerada uma doença infecciosa grave, podendo apresentar alto índice de letalidade em áreas endêmicas. O Volume Plaquetário Médio (MPV) indica o tamanho médio das plaquetas, complementando a interpretação do plaquetograma, principalmente nas trombocitopenias e trombocitoses. O objetivo deste estudo foi avaliar esse índice em cães positivos para LV em áreas de ocorrência da doença, no município de Niterói-RJ. Foram coletadas 197 amostras de sangue de cães, e realizado no momento o teste Imunocromatográfico Rápido (DPP) e, posteriormente nos reagentes, o teste confirmatório ELISA na FIOCRUZ. Os hemogramas foram realizados no Laboratório de Pesquisa Clínica e Molecular Marcílio Dias do Nascimento, da Faculdade de Veterinária da UFF, pelo contador hematológico automatizado Sysmex® Poch – 100 iv. Dos 197 cães, 27(13,7%) foram positivos para LV. Os valores médios referentes à contagem de plaquetas dos animais positivos do estudo estavam dentro da normalidade, porém, dos 27 animais, 5 (18,51%) apresentaram trombocitopenia. O valor médio do índice MPV encontrado nesses animais parasitados foi de 12,04fL com valor máximo de 14,4fL e valor mínimo de 10,0fL, sendo esperado um valor médio de 11,70fL em cães negativos para LV. No presente estudo, não houve aumento dos valores de MPV nos animais parasitados, o que pode sugerir uma aplasia ou fase inicial de resposta medular, onde ainda não há grande número de plaquetas jovens circulantes. Sabe-se que a trombocitopenia na Leishmaniose geralmente ocorre por diminuição da produção plaquetária, devido à colonização da medula óssea pelos parasitas, tornando a medula óssea aplásica com a evolução da doença. Hemogramas sequenciais com estes resultados em áreas endêmicas podem auxiliar os clínicos na suspeita desta antropozoonose. Concluiu-se que o MPV não se alterou em animais com LV. |
