As parasitoses gastrintestinais acarretam grandes perdas econômicas em ovinos, e para evitar tais prejuízos é corrente o uso de anti-helmínticos. Essa decisão muitas vezes baseia-se no grau de parasitismo, estimado através da contagem de ovos por grama de fezes utilizando as técnicas de Gordon & Whitlock (OPG), fornecendo resultados relevantes quando as amostras são bem conservadas; porém, algumas vezes o produtor tem dificuldades em enviar as amostras em tempo hábil ou armazena inadequadamente. O objetivo deste estudo foi determinar os efeitos da conservação das amostras em relação ao tempo e temperatura. Amostras de fezes coletadas de um ovino monoinfectado por Haemonchus sp. foram separadas em quatro grupos (A, B, C e D), e colocadas respectivamente em congelador a -8°C, em refrigerador a 5°C, em caixa térmica com gelo reciclável com temperatura média de 12°C e em temperatura ambiente com média de 25°C. A cada 24 horas, durante cinco dias, e no décimo dia foram realizadas as técnicas de contagem de OPG e coproculturas. As amostras foram armazenadas individualmente para posterior análise em triplicata. No dia zero obteve-se resultado que serviu de controle, sendo ele o maior número de OPG. Os resultados mostraram que o grupo B manteve-se semelhante ao OPG controle, já o grupo C preservou a contagem de OPG por 24hs, já com 48 horas houve redução significativa no OPG. O grupo A reduziu em 50% a contagem após 24 horas e o grupo D não conservou as amostras para contagem de OPG em nenhum momento. Verificou-se que as amostras de fezes não devem ser congeladas, mas podem ser armazenadas refrigeradas por até 10 dias e no momento do envio para o laboratório podem ser armazenadas em caixa térmica com gelo, não ultrapassando 24hs desde o encaminhamento até o processamento sem alterações significativas no OPG e coprocultura. |