ANAIS 2014

PIROPLASMA EM DIDELPHIS ALBIVENTRIS Autor(es): Maria Regina Lucas da Silva, Felipe Fornazari, Lucia Helena O'Dwyer

PIROPLASMA EM DIDELPHIS ALBIVENTRIS

» Á�rea de pesquisa: PROTOZOOLOGIA

» Instituição: Unesp-Botucatu

» Agência de fomento e patrocinadores:

PIROPLASMA EM Didelphis albiventris Maria Regina Lucas da Silva1, Felipe Fornazari2, Lucia Helena O’Dwyer1 1Universidade Estadual Paulista- Unesp, Departamento de Parasitologia, Botucatu, SP, Brasil. 2Universidade Estadual Paulista- Unesp, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Botucatu, SP, Brasil. regina.bioufmt@yahoo.com.br Piroplasmas são parasitas intraeritrocitários transmitidos por carrapatos e os dois principais gêneros desses protozoários são Babesia e Theileria. Esses hemoparasitas causam consideráveis perdas econômicas em animais de produção e significativa doença clinica em animais de companhia. Comprovadamente, os piroplasmas infectam animais silvestres, porém, no Brasil pouco é o conhecimento sobre a infecção de hemoparasitas em Didelphis albiventris, que cada vez mais apresentam hábitos sinantrópicos. Portanto, o presente trabalho teve por objetivo investigar a ocorrência de piroplasmas em D. albiventris com hábitos sinantrópicos, provenientes da região de Botucatu-SP. Amostras de sangue de 19 gambás, capturados na região urbana de Botucatu, foram coletadas para posterior diagnóstico parasitológico e molecular. O diagnóstico parasitológico se deu por meio da confecção de esfregaços sanguíneos e o diagnóstico molecular foi realizado recorrendo a técnica da PCR para amplificação de fragmentos do gene 18S rRNA e posterior sequenciamento das amostras. Os exames dos esfregaços sanguíneos revelaram que cinco animais (26,3%) apresentavam inclusões eritrocitárias de piroplasmas. Na PCR, seis animais (31,6%) foram positivos e o sequenciamento das amostras demonstrou 100% de similaridade entre as seis sequências obtidas. Na pesquisa de similaridade feita no BLAST observou-se que as sequências obtidas demonstraram 90% de similaridade com Theileria spp. isoladas de marsupiais na Australia, e 90% de similaridade com Babesia conradae de cães. Assim, não foi possível, até o momento, identificar a qual gênero os piroplasmas observados pertencem. Novos estudos serão realizados para identificação da espécie envolvida na infecção dos D. albiventris e para compreender a filogenia e a epidemiologia deste protozoário nestes animais. Palavras-chave: piroplasma, diagnóstico parasitológico, sequenciamento.