ANAIS 2014
AVALIAÇÃO CLÍNICA E HISTOPATOLÓGICA DE OVINOS SANTA INÊS INFECTADOS EXPERIMENTALMENTE POR FASCIOLA HEPATICA
Autor(es): Rodolfo Silva Moreira Cezar, Jordana Costa Alves de Assis, Izabela Ferreira Gontijo de Amorim, Eveline Albuquerque Mendes, Walter dos Santos Lima

AVALIAÇÃO CLÍNICA E HISTOPATOLÓGICA DE OVINOS SANTA INÊS INFECTADOS EXPERIMENTALMENTE POR FASCIOLA HEPATICA
» Área de pesquisa: HELMINTOLOGIA
» Instituição: UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS - UFMG
» Agência de fomento e patrocinadores: Apoio: CAPES; CNPq; FAPEMIG
Fasciola hepatica parasita os ductos biliares de vários hospedeiros como ruminantes, roedores e o homem. Apresenta grande importância econômica na criação de animais devido à alta morbidade, mortalidade e gastos com seu controle. Os animais apresentam diferentes susceptibilidades, sinais clínicos dependendo da espécie animal, raça, idade entre outros. Objetivo: Neste trabalho avaliou-se a dinâmica da infecção experimental de ovinos da raça Santa Inês por F. hepatica. Material e métodos: 13 borregas com idade média 8 meses foram infectadas por via oral com 250 metacercárias de F. hepatica e 6 borregas ficaram como controle. Mensalmente, realizaram-se exames clínicos individualmente. Resultados: Os primeiros sinais clínicos foram observados aos 90 dpi, todas as borregas apresentaram pelagem opaca, hipotricose e dispnéia, sendo que em 6 borregas o fígado estava aumentado de volume. Uma borrega prenha abortou. Aos 120 dpi 5 animais ficaram prostrados, fracos e um chegou a ficar em decúbito ventral, com as extremidades fria e veio a óbito. Aos 150 dpi observou-se em 7 borregas aumento bilateral dos linfonodos mandibulares, retrofaríngeos, cervicais superficiais e mamários. Três borregas apresentaram mucosa ocular hipocrômica. Aos 210 dpi um animal apresentou ascite. Aos 240 dpi 5 borregas restabeleceram a condição física de animais saudáveis. A borrega que veio a óbito, macroscopicamente apresentou o fígado e a vesícula biliar aumentados de volume com a superfície capsular irregular, áreas claras e petéquias, além da superfície de corte firme. Formas adultas de F. hepatica e ovos foram recuperados nos ductos. Na microscopia observaram-se, áreas de fibrose, necrose, infiltrados inflamatórios perivascular com presença de neutrófilos e eosinófilos, focos de hemorragia, desorganização do parênquima e destruição de ductos hepáticos. Conclusão: Os sinais clínicos observados associados às alterações hepáticas confirmam a susceptibilidade de ovinos Santa Inês e certifica os prejuízos que a F. hepatica pode causar nesses ruminantes.
Palavras Chave: Fasciola hepatica, ovino, Santa Inês, sinais clínicos e histopatologia