ANAIS 2014
INFECÇÃO NATURAL DE BEZERRAS POR BABESIA SPP. EM PROPRIEDADES DE UMA ÀREA DE INSTABILIDADE ENZOÓTICA
Autor(es): ALEXANDRA DE SIQUEIRA CAJADO LIARTE, FRANCISCO DE ASSIS LEITE SOUSA, KARINA NEOOBE DE CARVALHO CASTRO, JESSICA CRISTINNE MAZER BERNARDI, CLEOMENES DE OLIVEIRA MELO, EDUARDO ESMERALDO AUGUSTO BESERRA, LÍVIO MARTINS COSTA JUNIOR, SILVANA MARIA MEDEIROS DE SOUSA SILVA

INFECÇÃO NATURAL DE BEZERRAS POR BABESIA SPP. EM PROPRIEDADES DE UMA ÀREA DE INSTABILIDADE ENZOÓTICA
» Área de pesquisa: PROTOZOOLOGIA
» Instituição: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ
» Agência de fomento e patrocinadores: CNPq
Babesiose bovina é uma enfermidade causada pelos hemoprotozoários Babesia bovis e Babesia bigemina e que apresentam como vetor o carrapato Riphicephalus microplus, sendo responsável por importantes perdas na pecuária brasileira e mundial. A dinâmica da infecção é dependente de fatores como população de carrapatos infestantes; susceptibilidade dos bovinos, fatores climáticos e manejo. A babesiose é uma das principais doenças que acometem os bovinos da região Norte do Piauí, levando ao aparecimento de uma zona de instabilidade e permitindo aprofundarmos o estudo na dinâmica da infecção natural dessa enfermidade. Dessa forma, objetivou-se determinar a primo-infecção por Babesia spp. em bezerras de áreas de instabilidade do Piauí. Foram utilizadas 30 bezerras da raça Girolando proveniente de duas propriedades com diferentes manejos, sendo acompanhados até os 12 meses de idade com coletas de sangue a cada 15 dias para determinação do VG e extração de DNA. As propriedades foram entrevistadas quanto ao tipo de criação, manejo sanitário e alimentar. Foram coletados dados mensais relativos à precipitação pluviométrica, umidade relativa do ar e às temperaturas. Para comparação de médias foi utilizado o test t de Student. A análise dos dados bioclimatológicos revelou que a região estudada encontra-se quente e seca em maior parte do ano. Foi observada a presença do vetor somente na propriedade com abrigos individuais. Nessa propriedade a primo-infecção para B. bigemina determinada pela PCR demonstrou amplificação de DNA aos 249,4 (± 24,42) dias de idade, enquanto que para B. bovis foi mais tarde, aos 252,6 (± 17,07) dias de idade. Essas datas coincidem com o período da alta precipitação pluviométrica. Já na outra propriedade não foi observado primo-infecção. Os resultados sugerem que as propriedades avaliadas se caracterizam como instáveis endemicamente para Babesia spp., sendo que, o tipo de manejo interfere na exposição dos animais aos vetores, influenciando o surgimento de surtos.