ANAIS 2014
EFEITO DO TRATAMENTO ANTIPARASITÁRIO SOBRE A RESPOSTA IMUNE EM CORDEIROS NATURALMENTE INFECTADOS COM HAEMONCHUS CONTORTUS
Autor(es): Gustavo Toscan, Gustavo Cauduro Cadore, Giovani Busanello Avila, Fernanda Ramos, Augusto Weber, Sônia Terezinha dos Anjos Lopes, Luis Antônio Sangioni, Fernanda Silveira Flores Vogel

EFEITO DO TRATAMENTO ANTIPARASITáRIO SOBRE A RESPOSTA IMUNE EM CORDEIROS NATURALMENTE INFECTADOS COM HAEMONCHUS CONTORTUS
» Área de pesquisa: HELMINTOLOGIA
» Instituição: Universidade Federal de Santa Maria
» Agência de fomento e patrocinadores: CAPES
O Haemonchus contortus é considerado o principal parasita de ovinos e o uso indiscriminado de antiparasitários têm sido associado ao surgimento de diversos casos de resistência. Os cordeiros são muito susceptíveis a estes parasitas, enquanto animais adultos acabam adquirindo imunidade protetora após contínua exposição parasitária. Embora alguns mecanismos da resposta imune dos ovinos permanecem desconhecidos, o tratamento com fármacos é uma ferramenta essencial no auxílio do controle e prevenção desta parasitose. O objetivo foi avaliar a influência do tratamento antiparasitário em cordeiros susceptíveis, naturalmente infectados pelo H. contortus. Para isso, foram coletados semanalmente sangue, fezes e avaliação do FAMACHA® em 13 cordeiros com idade de 6 a 12 meses, os quais foram monitorados por 21 dias. A influência do tratamento nos padrões imunológicos dos cordeiros foi avaliada considerando o dia do tratamento antiparasitário (dia 0) e a média dos dados aos 15 e 21 dias pós-tratamento. O anti-helmíntico foi escolhido após realização prévia de um teste de eficácia de bases químicas neste rebanho. A avaliação foi realizada utilizando as seguintes variáveis: OPG, hematócrito, proteínas totais, eosinófilos, fator de necrose tumoral (TNF-β), interferon (IFN-γ), imunoglobulina E (IgE) e diferentes interleucinas (IL). Foram observadas diferenças estatísticas entre algumas variáveis analisadas, denotando que houve interferência direta do tratamento sobre os parâmetros estudados pela eliminação dos parasitas. Os valores de hematócrito, TNF- e IgE foram superiores após o tratamento e revelaram um estímulo da resposta imunológica oferecendo assim condições para controle da parasitose. Além disso, observamos que a IgE não pode ser considerada um bom parâmetro para animais susceptíveis a haemoncose. Houve uma significativa redução nos valores de FAMACHA® e OPG como consequência da eliminação dos parasitas. Assim, podemos concluir que o tratamento auxiliou no combate momentâneo e o sistema imune do animal não foi capaz de controlar a infecção do parasita.