DIAGNÓSTICO HISTOPATOLÓGICO DE CAPILLARIA HEPATICA (NEMATODA: TRICHURIDA) EM COELHO (ORYCTOLAGUS CUNICULUS)
Autor(es): Sabrina Destri Emmerick Campos, Carlos Henrique Campello Costa, Tatiana Vianna Tavares de Souza, Camila de Souza Cerqueira Machado, Nádia Regina Pereira Almosny
DIAGNóSTICO HISTOPATOLóGICO DE CAPILLARIA HEPATICA (NEMATODA: TRICHURIDA) EM COELHO (ORYCTOLAGUS CUNICULUS)
» Área de pesquisa: HELMINTOLOGIA
» Instituição: Universidade Federal Fluminense (UFF)
» Agência de fomento e patrocinadores:
Capillaria hepatica é um parasito da ordem Trichurida, família Capillaridae cujos adultos habitam o fígado de vários hospedeiros. Seus ovos são bioperculados e podem ser identificados em cortes histológicos corados por hematoxilina e eosina (HE). As fêmeas realizam ovipostura no parênquima hepático, porém os ovos não são liberados por causa da fibrose gerada pelo parasito. Ao exame histopatológico as lesões consistem de agregados de ovos de C. hepatica com ou sem resposta inflamatória e proliferação de fibroblastos. Cortes transversais e longitudinais de parasitas adultos são vistos com menor frequência. A profilaxia consiste na adoção de medidas de higiene do ambiente. O objetivo deste estudo foi descrever os achados histopatológicos da infecção por C. hepatica em coelho (Oryctolagus cuniculus). Fragmentos de fígado e outros órgãos de um coelho macho adulto foram recebidos na Empresa de Pesquisa Agropecuária do estado do Rio de Janeiro para exame histopatológico. O material foi processado pelas técnicas habituais e corado por HE. Microscopicamente foram evidenciados granulomas próximos aos espaços porta contendo ovos característicos de C. hepatica, células mononucleares, eosinófilos e células gigantes. Extensas áreas de fibrose foram observadas. Nenhum parasito adulto foi evidenciado, o que era esperado, uma vez que machos e fêmeas morrem poucas semanas após infecção e são gradativamente destruídos do tecido hepático. A principal forma de diagnóstico ainda é a presença de lesão granulomatosa contendo os ovos característicos no espaço porta do fígado do hospedeiro. Embora os roedores sejam os principais hospedeiros associados à infecção por C. hepatica, concluiu-se que esta também está presente em coelhos. Alerta-se para a necessidade de medidas sanitárias profiláticas, uma vez que esta é uma zoonose e que os coelhos são animais criados para a alimentação humana e também são amplamente utilizados na experimentação científica e criados em grandes plantéis, favorecendo a contaminação.