ANAIS 2014
TRANSMISS�O TRANSOVARIANA DE BABESIA SPP. EM CARRAPATOS RIPHICEPHALUS MICROPLUS EM DIFERENTES TEMPERATURAS
Autor(es): JESSICA CRISTIANNE MAZER BERNARDI, FRANCISCO DE ASSIS LEITE SOUZA, KARINA NEOOBE DE CARVALHO CASTRO, EDUARDO ESMERALDO AUGUSTO BESERRA, ALEXANDRA DE SIQUEIRA CAJADO LIARTE, LIVIO MARTINS COSTA JUNIOR, GERLAN VIEIRA DE SOUSA, SILVANA MARIA MEDEIROS DE SOUSA SILVA

TRANSMISS�O TRANSOVARIANA DE BABESIA SPP. EM CARRAPATOS RIPHICEPHALUS MICROPLUS EM DIFERENTES TEMPERATURAS
» ��rea de pesquisa: PROTOZOOLOGIA
» Institui��o: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUI
» Ag�ncia de fomento e patrocinadores: CAPES E CNPq
Babesiose bovina � uma hemoparasitose causada pelos protozo�rios Babesia bovis e Babesia bigemina e que apresentam como �nico vetor o carrapato Riphicephalus microplus. Temperaturas elevadas podem provocar uma redu��o na ovoposi��o, na taxa de eclos�o e na longevidade das larvas infectadas por Babesia spp., refletindo assim a transmiss�o e favorecendo o aparecimento de instabilidade enzo�tica. O Estado do Piau� encontra-se como �rea inst�vel para babesiose, devido �s condi��es clim�ticas adversas, principalmente �s altas temperaturas da regi�o. Estudos de influ�ncia da temperatura na transmiss�o transovariana de Babesia j� foram realizados, entretanto focando em baixas temperaturas, tendo pouca informa��o sobre a viabilidade desse tipo de transmiss�o em altas temperaturas. Dessa forma, objetivou-se avaliar a influ�ncia de alta temperatura na transmiss�o transovariana de Babesia spp. pelo R. microplus. Foram utilizadas 349 tele�ginas provenientes de 19 bezerros positivos para Babesia spp., as quais foram divididas em tr�s grupos e incubadas em estufa BOD nas temperaturas (27�, 31� e 35�C) e 90% UR . Nos grupos de 31� e 35�C a temperatura permanecia apenas por quatro horas/dia retornando � 27�C. Ao 7� dia de postura, as tele�ginas foram submetidas ao teste de hemolinfa para pesquisa de esporocinetos e, ao 21� dia, foram extra�do DNA de 20mg de ovos, e realizado a PCR para B. bigemina e B. bovis. A an�lise estat�stica foi realizada pelo teste do Qui-quadrado. Das l�minas de hemolinfa analisadas, 35,82% (125/349) foram positivas, por�m n�o houve diferen�a significativa (p>0,05) entre as temperaturas analisadas. J� pela PCR, apenas 17,48% (61/349) das amostras foram positivas, sendo 29,91%(35/117) em 27�C, 15,04% (17/113) em 31�C e 14,29% (17/119) em 35�C, demonstrando uma redu��o significativa (p<0,05) da transmiss�o transovariana de acordo com o aumento da temperatura. Sugerimos que as temperaturas elevadas encontradas na regi�o podem reduzir a transmiss�o transovariana de Babesia spp., favorecendo a instabilidade dessa �rea.