EFEITO DA TEMPERATURA NO DESENVOLVIMENTO DE ANGIOSTRONGYLUS VASORUM EM BIOMPHALARIA GLABRATA
Autor(es): Mariana Hayashi Garcia, Thales Augusto Barçante, Ana Paula Peconick, Aytube Coaglio Silva Lucas, Walter dos Santos Lima, Joziana Muniz de Paiva Barçante
EFEITO DA TEMPERATURA NO DESENVOLVIMENTO DE ANGIOSTRONGYLUS VASORUM EM BIOMPHALARIA GLABRATA
» Área de pesquisa: HELMINTOLOGIA
» Instituição: Universidade Federal de São Paulo
» Agência de fomento e patrocinadores: FAPEMIG
Angiostrongylus vasorum (Baillet, 1866) Kamensky, 1905 é um nematoide parasito de cães domésticos e de carnívoros silvestres que se aloja na artéria pulmonar e em suas ramificações, no ventrículo, no átrio e na aurícula direita. Apesar do conhecimento da participação de gastrópodes como hospedeiros intermediários deste nematoide, muito pouco é sabido sobre a relação parasito-hospedeiro intermediário. No intuito de compreender um pouco mais desta relação, o presente estudo teve por objetivos: (1) investigar o efeito da temperatura de manutenção no desenvolvimento de A. vasorum em Biomphalaria glabrata e (2) avaliar o efeito da infecção sobre a sobrevivência de B. glabrata. Noventa exemplares de B. glabrata foram infectados com 400 L1 de A. vasorum, divididos em três grupos experimentais e submetidos a três diferentes temperaturas: 7, 25 e 30°C. Cinco moluscos de cada grupo foram sacrificados e processados em solução de pepsina e HCl 1% no 5º, 10º, 15º, 20º e 25º dias após a infecção para determinação da taxa de recuperação larval. A Curva de Kaplan-Meier foi construída para análise de sobrevivência de moluscos infectados e não infectados. O grupo com a maior taxa de recuperação larval foi o de 7°C, bem como com a maior taxa de sobrevivência. Tal observação traz novos dados acerca da relação parasito-hospedeiro. Estes resultados respaldam o sucesso da transmissão nos países de clima temperado, e em estações do ano mais frias em países tropicais.
