ANAIS 2014
PRESENÇA DE FILAREMIA EM CÃES DA REGIÃO DE BARRA MANSA (RJ) COM LEISHMANIOSE VISCERAL.
Autor(es): Niara Vanat Nadal, Victor Nowosh, Artur Augusto Velho Mendes Júnior, Adilson Benedito de Almeida, Maurício Afonso Verícimo, Nádia Regina Pereira Almosny

PRESENçA DE FILAREMIA EM CãES DA REGIãO DE BARRA MANSA (RJ) COM LEISHMANIOSE VISCERAL.
» Área de pesquisa: DOENÇAS VETORIAIS
» Instituição: Universidade Federal Fluminense
» Agência de fomento e patrocinadores: Este projeto foi financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (FAPERJ).
A Leishmaniose Visceral Canina (LVC) é causada por um protozoário da espécie Leishmania chagasi, que pode levar a um quadro clínico grave ou não manifestar sintomas aparentes. Já a microfilaremia canina no Brasil pode ser causada pelas espécies Dirofilaris immitis, Dirofilaria repens e Acanthocheilonema reconditum. A D. immitis é a responsável por causar a dirofilariose canina e a A. reconditum e D. repens são consideradas apatogênicas. Na LVC e dirofilariose, a gravidade das lesões e manifestações clínicas depende da carga parasitária, tempo de evolução da doença e da relação parasita-hospedeiro. O objetivo deste trabalho foi relatar a co-infecção de cães naturalmente infectados com leishmaniose visceral com vermes filarióides na circulação e demonstrar o possível agravamento do quadro anêmico nesses animais. Os animais com leishmaniose visceral (DPP® e ELISA) são provenientes do município de Barra Mansa–RJ e estão sendo acompanhados por um projeto de pesquisa com licença no CEUA-FIOCRUZ LW-54/13. De 24 cães adultos foi colhida uma amostra de sangue total para realização do eritrograma (Poch-100®) e visualização de filárias em microcapilar. Dentre os 24 cães com LVC em quatro (16,67%) foram visualizadas microfilárias. Nos animais apenas com LVC a média dos resultados no eritrograma foram; hemácias (4,25±1,35 x 106/mm3), hemoglobina (8,96±3,03 g%), volume globular (29%±9,5 %), VCM (69,02±4,95 fl) e CHCM (30,57±1,14%) e entre os animais com LVC e filaremia; hemácias (2,78±0,52 x 106/mm3), hemoglobina (5,75±1,2 g%), volume globular (19±3,95 %), VCM (67,08±3,6 fl) e CHCM (30,78±0,47%). O quadro anêmico em cães com LVC e dirofilariose é descrito e justificado por diversos mecanismos na literatura, porém os resultados acima demonstraram uma anemia mais severa nos animais com co-infecção, embora não possamos afirmar que a filária em questão é a D.immitis. A anemia normocítica discretamente hipocrômica em todos os animais pode estar relacionada a fatores inflamatórios associados à LVC.