PARÂMETROS CLÍNICOS E EPIDEMIOLÓGICOS DE AVES DOMÉSTICAS (GALLUS GALLUS) INFECTADAS EXPERIMENTALMENTE POR BORRELIA ANSERINA
Autor(es): Marcio Barizon Cepeda, Jéssica Fernandes de Souza, Matheus Dias Cordeiro, Jaqueline Rodrigues de Almeida Valim, Patrícia Barizon Cepeda, Carla Carolina Dias Uzedo Ribeiro, Bruna de Azevedo Baêta, Paulo Cesar Magalhães-Matos, Adivaldo Henrique da Fonseca
PARÂMETROS CLÍNICOS E EPIDEMIOLÓGICOS DE AVES DOMÉSTICAS (GALLUS GALLUS) INFECTADAS EXPERIMENTALMENTE POR BORRELIA ANSERINA
» Área de pesquisa: DOENÇAS VETORIAIS
» Instituição: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
» Agência de fomento e patrocinadores: CAPES; CNPq; FAPERJ
A espiroquetose aviária é uma enfermidade septicêmica que acomete principalmente galinhas domésticas (Gallus gallus) e outras espécies aviárias. Trata-se de uma patologia causada por Borrelia anserina, uma espiroqueta encontrada no plasma sanguíneo das aves infectadas na fase aguda da doença. Este estudo teve por objetivos avaliar clinica e epidemiologicamente a infecção experimental de G. gallus por meio da transmissão de B. anserina cepa PL, por carrapatos da espécie Argas (Persicargas) miniatus. O experimento ocorreu com 20 aves de aproximadamente 47 dias de idade oriundas de mesmo lote e linhagem. As aves foram alojadas em gaiolas suspensas e identificadas em dois grupos: G1(10 aves infestadas com carrapatos positivos para B. anserina) e G2 (controle - 10 aves infestadas com carrapatos livres para o mesmo agente). Foram utilizadas ninfas de 4º estágio e a infecção foi obtida através da alimentação destas em uma ave infectada no pico de parasitemia e após 15 dias sendo comprovada a infecção pelo exame a fresco do líquido coxal. A presença de B. anserina foi confirmada pela observação, em microscopia de campo escuro, da concentração de espiroquetas obtidas por centrifugação do sangue em tubo de microhematócrito a cada 24 horas até o 9º dia após a infecção. Duas aves apresentaram espiroquetas no sangue no 3º dia após a infecção e no 6º dia, as espiroquetas foram observadas no sangue das demais aves, com 100% de infectividade. No 6º dia pós- infecção, todas as aves do grupo 1 já apresentavam os sinais clínicos característicos da doença, incluindo diarreia verde escura, sonolência, inapetência, hipertermia e palidez de mucosas. No 10ºdia , houve o restabelecimento das aves e apenas uma foi a óbito. No grupo controle não foram encontradas alterações sintomatológicas decorrentes da doença. As aves apresentaram sinais clínicos que acompanharam a espiroquetemia, confirmando o que é relatado na literatura.