DIAGNÓSTICO MOLECULAR DE MYCOPLASMA SPP. EM CÃES DO ESTADO DE TOCANTINS, BRASIL
Autor(es): Aline Tonussi da Silva, Juliana Macedo Raimundo, Andresa Guimarães, Raisa Braul Rodrigues, Marcos Rogério André, Huarrisson Azevedo Santos, Carlos Luiz Massard, Rosangela Zacarias Machado, Cristiane Divan Baldani
DIAGNóSTICO MOLECULAR DE MYCOPLASMA SPP. EM CãES DO ESTADO DE TOCANTINS, BRASIL
» Área de pesquisa: DOENÇAS VETORIAIS
» Instituição: UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO
» Agência de fomento e patrocinadores: CAPES; CNPq
Os micoplasmas hemotróficos são organismos pleomórficos, epicelulares, gram negativos que estão presentes na superfície dos eritrócitos de diversas espécies. O crescimento da população canina, associado à presença do carrapato Rhipicephalus sanguineus, vetor da micoplasmose em cães, ressalta a importância de estudos abordando Mycoplasma spp. Associado a isso, está o elevado índice de cães anêmicos na rotina clínica, sem muitas vezes, uma correlação específica com a causa determinante, o que enaltece a participação dos micoplasmas hemotróficos como potencial agente causador de anemia. O presente estudo objetivou investigar a presença de infecção pelos agentes micoplasmas hemotróficos em cães domésticos do Tocantins, através da técnica da reação em cadeia da polimerase (PCR) e correlacionar os dados às alterações hematológicas evidenciadas. Noventa e seis amostras de sangue de cães foram submetidas a PCR em tempo real (qPCR) para a detecção de Mycoplasma spp. baseada no gene que codifica o 16SrRNA. Em seguida, foi realizado PCR convencional das amostras positivas utilizando oligonucleotídeos específicos para Mycoplasma haemocanis (Mhc), ‘Candidatus M. turicensis (CMt) e ‘Candidatus Mycoplasma haemominutum’/‘Candidatus Mycoplasma haematoparvum’ (CMhm). Entre todos os cães, 26% (n=25) foram positivos pela qPCR. A frequência de infecção por M. haemocanis foi 13,54% (n = 13), dos quais 9 apresentaram anemia.Todos os demais cães foram negativos para CMt e CMhm, tal como determinado pela PCR. Esse constitui o primeiro relato de micoplasma hemotróficos no estado do Tocantins e ressalta a importãncia de Mycoplasma haemocanis como potencial agente anemiante.
