ANAIS 2014
PERFIL DA RESPOSTA IMUNE DE CORDEIROS NATURALMENTE INFECTADOS COM HAEMONCHUS CONTORTUS
Autor(es): Gustavo Toscan, Gustavo Cauduro Cadore, João Franscisco Tadinelo Limana, Heloísa Einloft Palma, Marta Medeiros Frescura Duarte, Luis Antonio Sangioni, Fernanda Silveira Flores Vogel

PERFIL DA RESPOSTA IMUNE DE CORDEIROS NATURALMENTE INFECTADOS COM HAEMONCHUS CONTORTUS
» Área de pesquisa: HELMINTOLOGIA
» Instituição: Universidade Federal de Santa Maria (UFSM)
» Agência de fomento e patrocinadores: CAPES/CNPq
Infecções pelo Haemonchus contortus são responsáveis por causar grandes perdas econômicas em rebanhos ovinos em todo mundo. Dentre as categorias animais, os cordeiros são muito susceptíveis a haemoncose, porém animais adultos adquirem imunidade após contínua exposição parasitária. Os mecanismos imunes adotados pelos ovinos, frente infecções parasitárias, não estão completamente esclarecidos, embora possam ser observados perfis diferentes em animais de um mesmo rebanho. Assim procurou-se caracterizar o perfil da resposta imune em ovinos naturalmente infectados pelo H. contortus, determinando sua inter-relação entre fatores clínicos, hematológicos e parasitológicos, utilizando FAMACHA®, OPG, hematócrito, proteínas totais, eosinófilos, fator de necrose tumoral (TNF-β), interferon (IFN-γ), imunoglobulina E (IgE) e diferentes interleucinas (IL). Foram utilizados 20 cordeiros com idade entre 6 e 12 meses, naturalmente infectados. Os animais foram divididos em dois grupos (Susceptível – com necessidade de tratamento anti-helmíntico; Resistente – sem necessidade de tratamento anti-helmíntico), sendo monitorados por 120 dias (D-0 – dia pré-tratamento e D-120 – dia final do experimento). Analisando os animais do grupo Susceptível, comparando início e final do estudo, não foram observadas diferenças estatísticas entre valores de hematócrito dos ovinos, no entanto, valores de IL-6, IL-10, TNF-β, IFN-γ, eosinófilos, IgE, OPG e FAMACHA® foram significativamente diferentes entre os períodos analisados. Nos animais do grupo Resistente, não houve diferença estatística para FAMACHA® e OPG nos dois períodos avaliados, porém, para valores de IL-6, IL-10, TNF-β, IFN- γ, eosinófilos e IgE, houve diferença significativa entre ambos períodos. Na comparação entre os dois grupos (Susceptível X Resistente) apenas valores de IgE foram diferentes no início do experimento (D-0). No final do experimento (D-120), houve diferença estatística para FAMACHA® e eosinófilos entre ambos grupos. Com isso, podemos concluir, que a resposta imune de cordeiros do grupo Resistente ocorreu predominantemente por linfócitos tipo Th2 (T helper 2) e ao longo da infecção parasitária os níveis de eosinófilos permanecem elevados.