ANAIS 2014
ERLICHIA SPP.EM GATOS ERRANTES DO RIO DE JANEIRO
Autor(es): Andresa Guimarães, Juliana Macedo Raimundo, Aline Tonussi da Silva, Raisa Braul Rodrigues, Maristela Peckel Peixoto, Marcos Rogério André, Huarrisson Azevedo Santos, Carlos Luiz Massard, Rosangela Zacarias Machado, Cristiane Divan Baldani

ERLICHIA SPP.EM GATOS ERRANTES DO RIO DE JANEIRO
» Área de pesquisa: DOENÇAS VETORIAIS
» Instituição: UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO
» Agência de fomento e patrocinadores: CAPES; CNPq
Erliquiose é uma doença transmitida por carrapatos que afeta homens e animais. Neste contexto, o papel de animais errantes é de grande relevância, já que podem ser hospedeiros peridomiciliares de agentes zoonóticos. Tal fato se agrava na espécie felina, que, diferente dos cães, tem hábito de deixar o domicílio, principalmente durante a reprodução.Existem poucos relatos da erliquiose felina e estes se baseiam no diagnóstico morfológico, sorológico e, recentemente, molecular, porém sem uma caracterização das cepas presentes na população de gatos do Brasil. O objetivo do presente trabalho foi verificar a detecção de Ehrlichia spp. em amostras de sangue de felinos errantes oriundos de abrigos do Rio de Janeiro para posteriormente classificá-las em uma arvore filogenética afim de caracterizar as cepas presentes no país. Para tal, foram coletadas 99 amostras de felinos errantes oriundos de nove abrigos do estado do Rio de Janeiro. Foi realizado exame clínico, aplicação de questionário epidemiológico e hemograma completo. O diagnóstico molecular para Ehrlichia spp. foi efetuado por meio da Reação em Cadeia pela Polimerase (PCR), baseada em um fragmento de 350 pb do gene 16S rRNA. Houve detecção do DNA de Ehrlichia spp. nas amostras de sangue de doze animais (12,1%). Seis gatis (66,7%) apresentaram animais positivos. Dentre os animais positivos, onze (91,6%) tinham histórico de infestação por ectoparasitos e sete (58,3%) aprentavam pulgas ou carrapatos no momento da coleta. As alterações hematológicas observadas nos animais positivos foram: anemia (1/12), trombocitopenia (2/12), hiperproteinemia (8/12) e leucocitose (8/12). Os achados demonstram a circulação de agentes do gênero Ehrlichia spp. em felinos de origem errante presentes em abrigos no Rio de Janeiro, sugerindo a necessidade de maiores estudos a fim de melhor caracterizar sua ocorrência na região.