ANAIS 2014
CONTROLE ESTRATÉGICO DA VERMINOSE EM BOVINOS DE CORTE: EFEITOS NO GANHO DE PESO- RESULTADOS PRELIMINARES
Autor(es): Mario Henrique Conde, Rafael Pereira Heckler, Marcus Laranjeira de Amorim, Matheus Coura Vieira, Jéssica Tele Echeverria, Dyego Gonçalves Lino Borges, Larissa Bezerra dos Santos, Elio Moro, Fernando de Almeida Borges

CONTROLE ESTRATéGICO DA VERMINOSE EM BOVINOS DE CORTE: EFEITOS NO GANHO DE PESO- RESULTADOS PRELIMINARES
» Área de pesquisa: HELMINTOLOGIA
» Instituição: Universidade Federal de Mato Grosso do Sul
» Agência de fomento e patrocinadores: Zoetis Brasil.
O objetivo desse estudo foi avaliar o efeito de diferentes protocolos de controle da verminose bovina no ganho de peso de bezerros recém-desmamados. O estudo foi realizado no município de Terenos, MS, entre maio de 2013 a abril de 2014. Noventa e seis bezerros Nelore, entre oito e dez meses de idade, foram mantidos em pastagem de Brachiaria brizantha cv Marandu e distribuídos em seis grupos experimentais (n=16), conforme a contagem de OPG e peso vivo, com repetição de área para cada grupo. Foram avaliados os seguintes protocolos de tratamentos: T1 (controle) – maio, julho e setembro com solução fisiológica; T2 – maio e novembro com doramectina; T3 – maio (doramectina), julho (fosfato de levamisol) e setembro (doramectina); T4 – maio (doramectina), julho (moxidectina) e setembro (doramectina); T5 – maio (doramectina), agosto (fosfato de levamisol) e novembro (doramectina); T6 – maio (doramectina), agosto (moxidectina) e novembro (doramectina). Dosagens: doramectina-700µg/kg, moxidectina-200µg/kg, fosfato de levamisol-4,7mg/kg. As pesagens foram realizadas a cada 28 dias, após jejum hídrico e alimentar de 12 horas. Observou-se que o efeito do controle da verminose não foi imediato, ocorrendo aumento do desempenho (P<0,05) a partir de setembro para o T4, outubro para T3, novembro para T6 e dezembro para T2 e T5, sendo observada diferença (P<0,05) em relação ao grupo controle até o final do estudo. Durante o período seco do ano, apenas os animais não tratados perderam peso, porém, não houve mortalidade devido à verminose. Entre os grupos tratados, houve diferença (P<0,05) apenas do grupo T6 (375,18 g/dia) em relação ao T2 (337,42g/dia). Os resultados deste estudo poderão subsidiar recomendações práticas para o controle da verminose em bovinos de corte criados no cerrado brasileiro, demonstrando as vantagens de realizar tratamentos em maio, agosto e novembro, quando comparado à atual recomendação técnica (maio/julho/setembro) e os usualmente realizados pelos produtores (maio/novembro).