ANAIS 2014
DETECÇÃO DE GAMONTES DE HEPATOZOON SP. EM ROEDORES SILVESTRES DE BOTUCATU, SÃO PAULO.
Autor(es): Larissa Demoner, Natália Mizuhira Magro, Maria Regina Lucas da Silva, Lucia Helena O'Dwyer de Oliveira

DETECçãO DE GAMONTES DE HEPATOZOON SP. EM ROEDORES SILVESTRES DE BOTUCATU, SãO PAULO.
» Área de pesquisa: PROTOZOOLOGIA
» Instituição: Universidade Estadual Paulista-UNESP
» Agência de fomento e patrocinadores: Fapesp 2012/09715-0; Fapesp 201/25197-9
Hemogregarinas vêm sendo detectadas no sangue de roedores desde o início do século passado, quando foram descritas em Rattus norvegicos no Sudão, África. O gênero Hepatozoon foi descrito pela primeira vez para uma hemogregarina que foi observada em camundongos, sendo nomeada como Hepatozoon perniciosum. Posteriormente, foi renomeada como Hepatozoon muris. No Brasil, a infecção foi relatada no início do século passado em Mus decumanus (ratazana). Para estudarmos a infecção por Hepatozoon spp. em roedores silvestres foram realizadas capturas em 28 áreas de floresta nativa, usando técnicas distintas: captura em armadilhas Sherman e de interceptação seguido de queda – “pitfall”. Os animais capturados foram transferidos para sacos plásticos transparentes onde foram contidos quimicamente. Amostras de sangue foram obtidas por punção cardíaca, e parte foi mantida a – 20 oC para realização da PCR e parte foi utilizada para realização de esfregaço sanguíneo. Todos os procedimentos de coleta de amostras, de dados biológicos e bionômicos estão sendo realizados em local pré-selecionado e com nível de biossegurança 3 para os pesquisadores envolvidos na manipulação dos animais com uso de equipamentos individuais, roupas de proteção e equipamento apropriado para coleta de material biológico. Os procedimentos tiveram autorização do IBAMA e de Comitê de Ética de Uso Animal (CEUA). Foram capturados 52 animais, dos quais foram examinadas lâminas de esfregaço sanguíneo. Em sete animais (13.5%) foram visualizados gamontes de Hepatozoon sp. em monócitos e neutrófilos. Morfologicamente, os gamontes apresentaram-se com formas e tamanhos distintos, com o núcleo granular, bastante esparso, ocupando quase toda a região anterior do parasita. Também, foram observados vários gamontes fora de células e alguns animais com alta parasitemia. Morfologicamente, os gamontes encontrados nos roedores não se assemelham às espécies descritas em mamíferos no Brasil. Estudo moleculares futuros permitirão a caracterização da espécie de Hepatozoon nestes roedores silvestres.