ANAIS 2014
CARACTERIZAÇÃO MOLECULAR DE CRYPTOSPORIDIUM SPP. EM CÃES
Autor(es): Mariele Fernanda da Cruz Panegossi, Sandra Valéria Inácio, Luiz da Silveira Neto, Roberta Lomonte Lemos de Brito, Ana Elisa Gregui Watanabe, Marcel Gambin Marques, Walter Bertequini Nagata, Lucas Jacon Pereira, Jancarlo Ferreira Gomes, Marcelo Vasconcelos Meireles, Katia Denise Saraiva Bresciani

CARACTERIZAÇÃO MOLECULAR DE CRYPTOSPORIDIUM SPP. EM CÃES
» Área de pesquisa: PROTOZOOLOGIA
» Instituição: Faculdade de Medicina Veterinária de Araçatuba, FMVA UNESP, Araçatuba, SP
» Agência de fomento e patrocinadores: Financiamento FAPESP.
Os caninos, possíveis fontes de infecção humana, eliminam os oocistos de Cryptosporidium spp. nas fezes e esses apresentam acentuado potencial zoonótico. A pesquisa teve como objetivo realizar a caracterização molecular de Cryptosporidium spp. isolados de amostras de fezes de cães. Foram colhidas 200 amostras fecais de cães com até 365 dias de idade, machos e fêmeas, com padrão racial definido (CPRD) e sem (SPRD). Estes animais foram distribuídos de acordo com faixa etária em 1 a 60; 61 a 90; 91 a 180 e 181 a 365 dias. Os filhotes eram domiciliados, provenientes de pet shops e canis comerciais ou errantes mantidos, no Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) dos municípios de Araçatuba, São Paulo e Votuporanga, SP. As fezes foram classificadas de acordo com a coloração e a consistência, identificadas individualmente e congeladas até o momento da extração de DNA genômico com auxílio do kit comercial “QIAamp DNA Stool Mini Kit” (Qiagen®). Posteriormente, a Nested-PCR foi utilizada para a amplificação de fragmentos do gene da subunidade 18S do RNA ribossômico. Aquelas que tiveram amplificação de banda com aproximadamente 840pb tiveram o DNA genômico purificado por meio do kit comercial “QIAquick Gel Extraction Kit” (Qiagen®) e posterior sequenciamento utilizando-se o “ABI Prism® Dye Terminator Cicling Sequence Kit” (Applied Biosystems®). As reações de sequenciamento foram realizadas em triplicata e nas duas direções. A ocorrência de Cryptosporidium spp. foi de 1% (2/200). As duas amostras positivas eram de fêmeas, com idade entre 61 e 90 dias e SPRD. Uma fêmea era domiciliada e apresentava as fezes pastosas com coloração castanha clara, a outra foi resgatada do CCZ, possuía material fecal escurecido e consistência liquefeita. O sequenciamento confirmou a presença de Cryptosporidium canis. A partir dos resultados obtidos neste estudo, foi possível concluir que os caninos analisados eram hospedeiros de C. canis.