ANAIS 2014
NEMATÓDEOS GASTROINTESTINAIS EM PANTHERA ONCA ORIUNDA DO MUNICÍPIO DE PARAGOMINAS, PARÁ, BRASIL
Autor(es): Tamires Victória Silva Natividade, Beatriz Guerreiro Giese, Filipe Luigi Soares da Costa, Ana Rita Lima, Erika Renata Branco, Jeannie Nascimento Santos, Elane Guerreiro Giese

NEMATÓDEOS GASTROINTESTINAIS EM PANTHERA ONCA ORIUNDA DO MUNICÍPIO DE PARAGOMINAS, PARÁ, BRASIL
» Área de pesquisa: HELMINTOLOGIA
» Instituição: Universidade Federal Rural da Amazônia
» Agência de fomento e patrocinadores: CNPq, CAPES, UFRA
Panthera onca (Linnaeus, 1758) (onça pintada, jaguar), é o maior felídeo vivente na América do Sul. Pertençe a ordem Carnivora e família Felidae; habita os diversos biomas no Brasil, distribuindo-se em vários países ao longo América Meridional; de habitos oportunistas, alimenta-se de vários outros taxons como pequenos mamíferos, aves e répteis, onde, ao ingeri-los, possivelmente se infecta com helmintos parasitos em estágios larvais. Em estudo recente no Brasil, foram identificados sete táxons parasitos de onça pintada a partir de ovos e oocistos, sendo eles Apicomplexa, Acanthocephala, Pseudophyllidea, Trematoda, Ancylostomatidae, Ascarididae e Trichuridae. O presente estudo teve como objetivo investigar os helmintos estomacais existentes em uma população silvestre de Panthera onca, sendo o exemplar utilizado neste estudo provenientes de doação pós-óbito por atropelamento pela empresa HYDRO MINA-BAUXITA-PARAGOMINAS, ao Laboratório de Pesquisa Morfológica Animal (LaPMA), Instituto de Saúde e Produção Animal da Universidade Federal Rural da Amazônia. A onça (fêmea) foi estudada sob autorização da SEMA-PA Nº 455/2009 e 522/2009. Os helmintos encontrados no estômago foram fixados em AFA (álcool etílico, formol e ácido acético), desidratados em série etanólica e clarificados em lactofenol para análises em microscopia de luz. Foram obtidas imagens em Microscópio óptico LEICA DM2500 acoplado a câmera digital Leica DFC310FXD. Os helmintos encontrados no estômago de P. onca possuem dois grandes lábios laterais simples, triangulares, cada um internamente provido de dois dentes e um para de papilas externamente localizadas. A cutícula apresenta-se dobrada sobre os lábios formando um grande colar cefálico. Machos apresentam asas caudais largas, unindo-se na sua porção ventral, imediatamente anterior a cloaca. Estas características assemelham-se a dos nematódeos da família Physalopteridae, gênero Physaloptera, necessitando estudos taxonômicos mais aprofundados para elucidar o táxon específico. O estudo de helmintos em populações silvestres de carnívoros pode ser útil para o manejo desses animais em cativeiro.