ANAIS 2014
AVALIAÇÃO DO CONTROLE DE NEMATOIDES GASTRINTESTINAIS EM PROPRIEDADES DE OVINOS NO ESTADO DO CEARÁ
Autor(es): Jessica Maria Leite dos Santos, Wesley Lyeverton Correia Ribeiro, Weibson Paz Pinheiro André, Jose Vilemar de Araujo Filho, Iara Tersia Freitas Macedo, Ana Lourdes Camurça Fernandes Vasconcelos, Jomar Patrício Monteiro, Luiz da Silva Vieira, Claudia Maria Leal Bevilaqua

AVALIAÇÃO DO CONTROLE DE NEMATOIDES GASTRINTESTINAIS EM PROPRIEDADES DE OVINOS NO ESTADO DO CEARÁ
» Área de pesquisa: HELMINTOLOGIA
» Instituição: Universidade Estadual do Ceará
» Agência de fomento e patrocinadores: CNPq, CAPES
Os nematoides gastrintestinais são, reconhecidamente, um dos principais fatores limitantes da criação de ovinos no mundo. Haemonchus contortus é o nematoide mais prevalente e patogênico de ovinos no Brasil, sendo responsável por significativas perdas econômicas, sobretudo na região Nordeste, que detém aproximadamente 60% do rebanho ovino nacional. O controle de nematoides é realizado com a utilização de anti-helmínticos. Contudo, a sua utilização indiscriminada seleciona populações resistentes. Nesse sentido, o primeiro passo na busca de soluções é apresentar as formas de controle desses parasitas, buscando o entendimento dos fatores que influenciam a resistência anti-helmíntica. Assim, esse trabalho teve como objetivo investigar as práticas de manejo utilizadas para o controle de nematoides gastrintestinais de ovinos no estado do Ceará. Para tanto, foi realizada uma entrevista com base em um questionário em 16 propriedades localizadas em municípios diferentes distribuídos nas sete mesorregiões do estado. Em 81,2% das fazendas foi verificado sistema de criação semi-intensivo, 50% das propriedades adotavam pastagem irrigada. Todos os criadores afirmaram que nunca utilizaram rotação de pastagem. Em 100% dos rebanhos a dosagem foi baseada na estimativa visual do peso do animal; 50% asseguraram incorporar animais novos a propriedade com frequência, sem realizar período de quarentena. Em 75% dos rebanhos todos os animais foram tratados, no mínimo 3 vezes por ano, sobretudo no período seco. O sistema Famacha foi utilizado em 2 (12,5%) dos rebanhos, os demais desconheciam qualquer forma de tratamento seletivo. Em todas as fazendas já foram utilizados anti-helmínticos da classe das lactonas macrocíclicas e dos benzimidazóis. Contudo, apenas 50% afirmaram terem utilizado anti-helmínticos da classe dos imidazotiazóis e 25% afirmaram já terem utilizado o closantel. Esses resultados demonstram a falta de conhecimento desses criadores quanto às práticas adequadas de controle dos nematoides, o que sem dúvida, pode contribuir para a seleção de nematoides resistentes.