COADMINISTRAÇÃO DE FUNGOS NEMATÓFAGOS NO CONTROLE BIOLÓGICO DE NEMATÓDEOS GASTRINTESTINAIS DE OVINOS NO NORDESTE BRASILEIRO
Autor(es): Vinícius Longo Ribeiro Vilela, Thais Ferreira Feitosa, Fabio Ribeiro Braga, Jackson Victor de Araújo, Antonielson dos Santos, Dayana Firmino de Morais, Diego Vagner de Oliveira Souto, Ana Célia Rodrigues Athayde |
A ação predatória de fungos nematófagos, utilizados isoladamente, no controle biológico de nematódeos gastrintestinais de animais vem sendo comprovada. Porém, é incerto se a associação destas espécies pode trazer algum tipo de vantagem biológica na predação de L3. Com isso, objetivou-se avaliar a coadministração dos fungos D. flagrans e M. thaumasium em matriz de alginato de sódio sobre o controle de nematódeos gastrintestinais de ovinos adultos e jovens no semiárido do Nordeste brasileiro. Uma área de 1,0 hectare foi dividida em dois piquetes, obedecendo a uma taxa de lotação de 1,5 Unidade Animal/ hectare, onde foram formados dois grupos constituídos de seis fêmeas adultas e dez machos jovens, ou seja, dois grupos experimentais (Fungos e Controle) e em cada grupo, dois subgrupos de acordo com a categoria animal (Adultas e Jovens). No grupo Fungos, cada animal recebeu na ração 3 g de péletes (0,6g de micélio fúngico, sendo 0,3g de D. flagrans e 0,3g de M. thaumasium) para cada 10 kg de peso vivo, duas vezes por semana, durante seis meses; no Grupo Controle, cada animal recebeu na ração 3 g de péletes sem fungos para cada 10 kg de peso vivo, duas vezes por semana, durante seis meses. Observou-se 76% de redução no OPG do subgrupo Fungos - Adultos e 83% no subgrupo Fungos - Jovens quando comparados a seus respectivos grupos Controle. Os subgrupos que receberam esses fungos necessitaram de menos vermifugações salvatórias, apresentaram melhores índices de VG nos dias 150 e 180 (p<0,05), ganho de peso de 18,7 kg e redução de 91,6% nos valores de L3/ kg de M.S. em seu piquete, quando comparados aos grupos Controle. Com isso, conclui-se que a coadministração de D. flagrans e M. thaumasium foi eficaz no controle de nematódeos gastrintestinais de ovinos adultos e jovens no semiárido do Nordeste brasileiro. |