ANAIS 2014
COADMINISTRAÇÃO DE FUNGOS NEMATÓFAGOS NO CONTROLE BIOLÓGICO DE NEMATÓDEOS GASTRINTESTINAIS DE OVINOS NO NORDESTE BRASILEIRO
Autor(es): Vinícius Longo Ribeiro Vilela, Thais Ferreira Feitosa, Fabio Ribeiro Braga, Jackson Victor de Araújo, Antonielson dos Santos, Dayana Firmino de Morais, Diego Vagner de Oliveira Souto, Ana Célia Rodrigues Athayde

COADMINISTRAçãO DE FUNGOS NEMATóFAGOS NO CONTROLE BIOLóGICO DE NEMATóDEOS GASTRINTESTINAIS DE OVINOS NO NORDESTE BRASILEIRO
» Área de pesquisa: HELMINTOLOGIA
» Instituição: Universidade Federal de Campina Grande
» Agência de fomento e patrocinadores:
A ação predatória de fungos nematófagos, utilizados isoladamente, no controle biológico de nematódeos gastrintestinais de animais vem sendo comprovada. Porém, é incerto se a associação destas espécies pode trazer algum tipo de vantagem biológica na predação de L3. Com isso, objetivou-se avaliar a coadministração dos fungos D. flagrans e M. thaumasium em matriz de alginato de sódio sobre o controle de nematódeos gastrintestinais de ovinos adultos e jovens no semiárido do Nordeste brasileiro. Uma área de 1,0 hectare foi dividida em dois piquetes, obedecendo a uma taxa de lotação de 1,5 Unidade Animal/ hectare, onde foram formados dois grupos constituídos de seis fêmeas adultas e dez machos jovens, ou seja, dois grupos experimentais (Fungos e Controle) e em cada grupo, dois subgrupos de acordo com a categoria animal (Adultas e Jovens). No grupo Fungos, cada animal recebeu na ração 3 g de péletes (0,6g de micélio fúngico, sendo 0,3g de D. flagrans e 0,3g de M. thaumasium) para cada 10 kg de peso vivo, duas vezes por semana, durante seis meses; no Grupo Controle, cada animal recebeu na ração 3 g de péletes sem fungos para cada 10 kg de peso vivo, duas vezes por semana, durante seis meses. Observou-se 76% de redução no OPG do subgrupo Fungos - Adultos e 83% no subgrupo Fungos - Jovens quando comparados a seus respectivos grupos Controle. Os subgrupos que receberam esses fungos necessitaram de menos vermifugações salvatórias, apresentaram melhores índices de VG nos dias 150 e 180 (p<0,05), ganho de peso de 18,7 kg e redução de 91,6% nos valores de L3/ kg de M.S. em seu piquete, quando comparados aos grupos Controle. Com isso, conclui-se que a coadministração de D. flagrans e M. thaumasium foi eficaz no controle de nematódeos gastrintestinais de ovinos adultos e jovens no semiárido do Nordeste brasileiro.