ANAIS 2014
SAZONALIDADE E IMPACTOS GERADOS SOBRE A POPULAÇÃO DE CARRAPATOS APÓS ISOLAMENTO DA ÁREA
Autor(es): Jaqueline Matias, Marcos Valério Garcia, André de Abreu Rangel Aguirre, Bárbara Guimarães Csordas, Leandra Marla Oshiro, Leandro de Oliveira Souza Higa, Isabella Maiumi Zaidan Blecha, Jacqueline Cavalcante Barros, Paulo Mira Batista, Renato Andreotti

SAZONALIDADE E IMPACTOS GERADOS SOBRE A POPULAÇÃO DE CARRAPATOS APÓS ISOLAMENTO DA ÁREA
» Área de pesquisa: ACAROLOGIA
» Instituição: Universidade Federal de Mato Grosso do Sul – UFMS
» Agência de fomento e patrocinadores: CAPES, Embrapa Gado de Corte, UFMS.
As capivaras (Hydrochoerus hydrochaeris) são os hospedeiros mais importante para todas as fases de vida do Amblyomma cajennense, além de ser hospedeiros amplificadores eficientes da bactéria R. rickettsii. No Brasil esta bactéria é responsável pela doença denominada Febre Maculosa Brasileira (FMB) e tem como principal vetor o carrapato A. cajennense. Neste trabalho analisamos a dinâmica populacional de carrapatos em área com presença de capivaras antes e depois do isolamento da área. O estudo esta sendo desenvolvido na reserva natural da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul no município de Campo Grande. Os resultados a seguir são referentes ao período de Julho de 2012 a Maio de 2014. Os carrapatos adultos e ninfas de vida livre foram capturados com armadilhas de CO2 e as larvas somente por observação visual nas folhagens. De um total de 817 carrapatos adultos, foram encontradas somente duas espécies: Amblyomma cajennense e Amblyomma dubitatum. No primeiro ano, os carrapatos adultos ocorreram durante todo o ano com um aumento na densidade da população a partir da primavera com maior pico no verão para ambas as espécies. No segundo ano, com a intervenção da cerca observamos efetiva redução na circulação das capivaras. Na mesma área observamos também, uma redução acentuada de aproximadamente 80% da população de A. cajennense, porém, com um padrão de sazonalidade diferente, tendo um maior pico na primavera seguida de uma redução significativa no verão. No segundo ano observamos na população de A. dubitatum o mesmo padrão de sazonalidade, porém com um aumento de 20%. As larvas somente foram observadas no inverno do primeiro ano, enquanto as ninfas no inverno e outono dos dois anos. Concluímos até o momento que após a intervenção com a cerca, houve uma diminuição na circulação das capivaras, o que resultou numa redução de 80% da população de A. cajennense, o mesmo não foi observado para a espécie A. dubitatum. Este estudo necessita de um maior tempo de investigação para que se possa levantar a hipótese do envolvimento de uma segunda espécie na manutenção do A. dubitatum.