UTILIZAÇÃO DE FORMULAÇÃO FUNGICA PARA CONTROLE DA FASE NÃO PARASITÁRIA DE RHIPICEPHALUS MICROPLUS NO SOLO
Autor(es): Wendell Marcelo de Souza Perinotto, Simone Quinelato, Patricia Silva Gôlo, Mariana Guedes Camargo, Caio Junior Balduino Coutinho Rodrigues, Allan Felipe Marciano, Michel Ruan dos Santos Nogueira, Maria Clemente de Freitas, Vania Rita Elias Pinheiro Bittencourt |
A patogenicidade de Metarhizium anisopliae para Rhipicephalus microplus já foi demonstrada em vários estudos, sendo a maioria realizada por metodologia de imersão (in vitro), apresentando resultados satisfatórios e por aspersão em testes in vivo com aplicação sobre a fase parasitária do carrapato, com uma diminuição da efetividade fúngica. Desta forma, novos métodos de aplicação dos agentes microbianos devem ser estudados. Assim, este trabalho objetivou testar uma formulação de M. anisopliae aplicada sobre o solo para verificar a ação em fêmeas de R. microplus na sua fase não parasitária. Para isso, foram formados sete grupos contendo 30 fêmeas em cada. A formulação fúngica utilizada foi Metarril SC® de base oleosa. A concentração inicial da formulação é de 109 conídios/mL, e a partir de diluição decimal foram obtidas as demais concentrações. Os grupos foram: controle aquoso (água e Tween 80 a 0,01%) e oleoso diluído nas mesmas proporções da formulação conidial (concentração inicial e duas diluições seriadas), formulação fúngica nas concentrações 109, 108 e 107 conídios/mL. Para o ensaio, recipientes contendo 100 g de solo foram cobertos com 20 mL de cada tratamento e posteriormente as fêmeas de R. microplus foram depositadas, e mantidas a temperatura e umidade relativa controladas por 72 horas. Decorrido esse tempo, as fêmeas foram retiradas do solo e acondicionadas em placas de Petri para avaliação dos parâmetros reprodutivos. Os dados foram analisados estatisticamente. Como resultado, constatou-se diminuição em todos os parâmetros das fêmeas em todas as concentrações fúngicas, porém foi na maior concentração que se obteve o melhor resultado, alcançando percentual de controle de 53,3 %, ficando evidente a redução da postura de ovos e também diminuição da eclosão das larvas. Com isso, conclui-se que a formulação apresenta potencial patogênico sobre R. microplus na fase não parasitária, demonstrando ser uma nova maneira para utilização de fungos entomopatogênicos. |