ANAIS 2014
TAXAS DE OXIDANTES TOTAIS (TOS) EM RATOS WISTAR INFECTADOS COM TRYPANOSOMA EVANSI
Autor(es): Carla Orloski Morales, Priscila Preve Pereira, Karina Padula, Débora Lima Nascimento, Lumena Souza Takahashi, Paulo César Ciarlini, Fabiano Antonio Cadioli

TAXAS DE OXIDANTES TOTAIS (TOS) EM RATOS WISTAR INFECTADOS COM TRYPANOSOMA EVANSI
» Área de pesquisa: PROTOZOOLOGIA
» Instituição: Universidade Estadual Paulista "Julio de Mesquita Filho", Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinária - UNESP - Campûs Jaboticabal
» Agência de fomento e patrocinadores:
Trypanosoma evansi ocorre de forma cosmopolita, infectando diversas espécies animais em todo mundo como cães e equinos, nestes últimos causa doença neurológica conhecida como “mal das cadeiras”. Recentemente foram descritos os primeiros casos em humanos. Durante a evolução da infecção são observadas anemia, perda de peso, lesões hepáticas, renais, musculares e no sistema nervoso central. Como o T. evansi não invade tecidos, as lesões teciduais são atribuídas à resposta autoimune do hospedeiro, devido à produção de anticorpos constante. O estresse oxidativo é um desequilíbrio entre a produção de substâncias oxidantes e as defesas antioxidantes do organismo. As espécies reativas de oxigênio (EROs) são formadas durante o metabolismo normal, por processos enzimáticos e não enzimáticos, e cronicamente, causam danos a lipídios, proteínas e ácidos nucléicos celulares. Em experimentos com ratos infectados pelo T. evansi, observa-se a incapacidade destes animais em reduzir e neutralizar EROs que se formam durante a resposta imunológica, o que determina a ocorrência de estresse oxidativo. Desta forma, a ação direta dos EROs na peroxidação das membranas celurares e proteínas, causam efeitos funcionais deletérios nos animais infectados produzindo lesões que anteriormente eram atribuídas à resposta imunológica policlonal. O presente estudo avaliou se a taxa de oxidantes totais (TOS) sofre influência do Trypanosoma evansi. Foram utilizados 12 ratos Wistar divididos em 2 grupos, um com animais inoculados 1,0x104 tripomastigotas de T. evansi (GI) e outro com animais saudáveis (GC). A capacidade oxidante total (TOS) do soro foi mensurada utilizando-se método colorimétrico. Observou-se um maior índice de TOS (p<0,05) no GI (132,13±13,34) que no GC (110,80±19,58), o que indica que o aumento de TOS pode desencadear danos teciduais nos animais infectados e com isso, talvez comprometer a resposta imune no hospedeiro, além de estar envolvido no desenvolvimento das lesões observadas em animais infectados pelo T. evansi.