ANAIS 2014
RICKETTSIA E COXIELLA EM MAMÍFEROS SILVESTRES E RUMINANTES, PARQUE NACIONAL DA SERRA DAS CONFUSÕES, PI
Autor(es): MAÍRA FREITAS GUIMARÃES, ANDREINA DE CARVALHO ARAÚJO, JONAS MORAES FILHO, DÁLIA MONIQUE R. MACHADO, DAVI PEREIRA FREIRE, NARA NAGLE VIEIRA GONÇALVES MATOS, ARLEI MARCILI, MARCELO BAHIA LABRUNA, MAURICIO CLAUDIO HORTA

RICKETTSIA E COXIELLA EM MAMíFEROS SILVESTRES E RUMINANTES, PARQUE NACIONAL DA SERRA DAS CONFUSõES, PI
» Área de pesquisa: DOENÇAS VETORIAIS
» Instituição: UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANCISCO
» Agência de fomento e patrocinadores: CAPES; CNPq
As enfermidades causadas por bactérias dos gêneros Rickettsia e Coxiella são transmitidas por artrópodes hematófagos, aos animais e ao homem, com grande impacto na medicina veterinária e humana. O presente estudo objetivou determinar a ocorrência de anticorpos anti-Rickettsia spp e anti-Coxiella burnetii em pequenos mamíferos silvestres, ovinos e caprinos na região do Parque Nacional da Serra das Confusões (PNSC), localizado ao sul do estado do Piauí. Entre janeiro e dezembro de 2013, foram coletadas amostras sanguíneas de 63 roedores: Thrichomys apereoides (51), Galea spixii (3), Kerodon rupestris (3) e Rhipidomys sp (6); 10 marsupiais: Monodelphis domestica (9) e Gracilinanus agilis (1); 202 caprinos; e 153 ovinos. Os soros obtidos a partir dessas amostras foram testados pela reação de imunofluorescência indireta (RIFI) frente a duas espécies de Rickettsia do Grupo da Febre Maculosa (GFM): R. rickettsii e R. amblyommmii, assim como para C. burnetii, utilizando-se conjugados específicos para cada espécie, sendo consideradas positivas amostras com títulos ≥ 64. A soropositividade para R. rickettsii foi verificada em 7,8% T. apereoides (4/51), 33,3% G. spixii (1/3) e 16,6% Rhipidomys sp (1/6); e para R. amblyommii:. 3,9% T. apereoides (2/51), 33,3% G. spixii (33,3%,1/3) e 16,6% Rhipidomys sp (1/6). Para ambos os antígenos, os títulos variaram de 64 a 128. Na avaliação sorológica das amostras de caprinos e ovinos não houve reação para os antígenos de Rickettsia spp testados. A soropositividade para C. burnetii foi verificada somente em ovinos, apresentando uma taxa de infecção de 1,9% (3/153), com títulos variando de 64 a 4.196. Estes resultados confirmam a circulação de agentes riquetsiais em roedores silvestres no PNSC e relata pela primeira vez nesta região do Brasil a presença de infecção indireta de C. burnetti pela presença de anticorpos em ovinos.