ANAIS 2014
PESQUISA DE RIQUÉTSIAS EM CÃES E EQUINOS NA REGIÃO DO MÉDIO PARAIBUNA, MINAS GERAIS, BRASIL.
Autor(es): Daniel Leal Navarro, Emília de Carvalho Nunes, Elizangela Guedes, Marinete Amorim, Erik Daemon de Souza Pinto, Ana Íris de Lima Duré, Liliane Silva Durães, Gilberto Salles Gazêta

PESQUISA DE RIQUéTSIAS EM CãES E EQUINOS NA REGIãO DO MéDIO PARAIBUNA, MINAS GERAIS, BRASIL.
» Área de pesquisa: DOENÇAS VETORIAIS
» Instituição: Universidade Federal de Juiz de Fora
» Agência de fomento e patrocinadores: Coordenação de aperfeiçoamento de pessoal de nível superior (CAPES)
A Febre Maculosa é uma zoonose causada por bactérias do gênero Rickettsia. Cães e equinos podem atuar como sentinelas, sinalizando a circulação de riquétsias em uma região, bem como servindo como dispersores de potenciais vetores, permitindo, assim, a amplificação de um foco já estabelecido ou criando novos focos. Objetivando melhor entender a circulação de riquétsias através de pesquisa sorológica no município de Juiz de Fora, Minas Gerais, Brasil, considerado área endêmica para febre maculosa, sangue de cães e equinos de diversas regiões foram testados através da Reação de Imunofluorescência Indireta (RIFI), utilizando lâminas com antígeno contra Rickettsia rickettsii. As amostras positivas foram testadas em diferentes diluições até se obter a negatividade. Os resultados mostraram que 11,61% (31/267) das amostras de cães e 23,68% (9/38) de equinos foram positivas pela RIFI com títulos ≥ 1:64. Destes, o número de cães com títulos positivos em 1:512, 1:256, 1:128 e 1:64 foi respectivamente 5, 5, 7 e 14. Já nos equinos, dos nove animais positivos, as titulações de 1:2048, 1:1024, 1:512, 1:256 e 1:64 foram detectadas em 3, 1, 2, 1, e 2 animais. O maior número de cães positivos ocorreu na região leste da cidade, área com casos humanos descritos entre os anos de 2007 e 2008 e apresentaram titulações ≤ 1:256. Entretanto, a maior prevalência e concentração de títulos elevados (1:512) em cães foi assinalada na região norte, área com casos recentemente confirmados em 2012, resultado semelhante àquele obtido para equinos, confirmando uma maior atividade dos focos naquela região. Áreas sem caso humano confirmado apresentaram animais com altos títulos, sugerindo um potencial risco para a população. Os resultados confirmam o papel de cães e equinos no ciclo enzoótico de riquétsias na região estudada e seu potencial como indicadores epidemiológicos para a investigação de casos e vigilância de ambiente na Febre Maculosa.