ANAIS 2014
INQUÉRITO SOROLÓGICO DE CÃES E EQUINOS PARA FMB EM JUIZ DE FORA, MINAS GERAIS, BRASIL
Autor(es): Daniel Leal Navarro, Emília de Carvalho Nunes, Elizangela Guedes , Marinete Amorim, Erik Daemon de Souza Pinto , Ana Íris de Lima Duré, Liliane Silva Durães, Gilberto Salles Gazêta

INQUéRITO SOROLóGICO DE CãES E EQUINOS PARA FMB EM JUIZ DE FORA, MINAS GERAIS, BRASIL
» Área de pesquisa: DOENÇAS VETORIAIS
» Instituição: Universidade Federal de Juiz de Fora
» Agência de fomento e patrocinadores: Coordenação de aperfeiçoamento de pessoal de nível superior (CAPES)
O município de Juiz de Fora registra casos de Febre Maculosa desde 2003. Em 2007, 2008 e 2012, foram confirmados, respectivamente, 5, 3 e 5 casos, em diferentes regiões do município. Cães e equinos atuam como sentinelas, apontando a circulação da riquétsia pela detecção de anticorpos, podendo sugerir temporalmente a atividade do foco. O objetivo desse trabalho foi avaliar a circulação de riquétsias em regiões com casos humanos entre 2007 e 2012 e verificar a existência de relação entre o ano de ocorrência e títulos de anticorpos encontrados. Amostras de sangue foram coletadas nas regiões Norte, Nordeste, Leste e Sul do município, totalizando 17, 18, 116 e 16 amostras de caninos e 35, 0, 1 e 1 de equinos, respectivamente. Os maiores títulos em cães (1:512) foram encontrados nas regiões Norte e Sul, títulos inferiores (≤ 1:256) foram encontrados na região Leste da cidade e na região Nordeste não foram identificados animais com sorologia positiva. Nos equinos, títulos altos (1:2048) foram encontrados na região Norte e inferiores (1:256) na região Sul. O Norte concentra os casos humanos mais recentes, notificados em 2012, sugerindo, pelos títulos, uma maior atividade do foco. A região Sul apresentou títulos altos em caninos e baixos em equinos, sugerindo a atividade do foco, mesmo tendo apresentado caso humano apenas em 2008. A região Leste apresentou títulos baixos em caninos, com titulações ≤1:256, onde ocorreram casos entre 2007 e 2008. Encontrar títulos mais altos em regiões com casos recentes chama a atenção para possibilidade de novos casos. Porém, ausência de casos humanos não necessariamente significa área sem risco, pois mesmo sem casos recentes, a região Sul apresentou equinos com títulos inferiores (1:256) e altos para caninos (1:512), sugerindo área de risco de infecção e maior participação destes animais para a epidemiologia da doença.