Os parasitos gastrintestinais que acometem os ovinos estão relacionados diretamente com perda produtiva de carne e lã. Os helmintos mais envolvidos são Haemonchus, Osophagostomum, Strongyloides,Trichostrongylus e Cooperia. Entre os protozoários o gênero Eimeria, é o principal que acomete essa espécie. No sul do Estado de Minas Gerais nos últimos anos houve um aumento do número de pequenos criadores de ovinos, o que pode ser atribuído ao fato de ser uma pecuária de retorno financeiro de curto a médio prazo. Considerando que o conhecimento epidemiológico da ocorrência da endoparasitofauna em uma região é uma das principais ferramentas para que sejam estabelecidas medidas eficazes de controle e profilaxia, o objetivo deste estudo é investigar a ocorrência e diversidade de endoparasitos em ovinos nos municípios de Itajubá, Wenceslau Brás, Piranguinho, Brasópolis, São José do Alegre e Delfim Moreira. Foram utilizados animais de diferentes raças e faixas etárias. Em cada propriedade foram coletadas aleatoriamente, fezes de dez animais. As fezes foram colhidas diretamente do reto, acondicionadas em sacos plásticos, armazenadas em caixa isotérmica com gelo. As análises foram realizadas no Laboratório de Parasitologia Clínica do Hospital Escola de Medicina Veterinária do Centro Universitário de Itajubá. Para análise foram utilizados as técnicas de Gordon & Witlock e Roberts O’Sullivan. Das 367 amostras fecais já analisadas, 301(87,46%) estavam positivos para ovos e/ou oocistos de parasitos. Dentre os positivos, 271(84,42%) parasitados por Eimeria, 282 (93,68%) por Haemonchus , 205 (63,86%) por Strongyloides papillosus, 267 (88,70%) por Cooperia, 215 (71,42%) por Oesophagostumum e 7(2,32%) por Trichostronyglus. Conclui-se que a ocorrência de parasitos gastrintestinais é alta e a diversidade de gêneros não difere de outras regiões do Brasil.
Palavras-chave: Haemonchus, Strongyloides papillosus, Eimeria, ovinocultura
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