ANAIS 2014
VARIAÇÕES DA BIOMETRIA DO TRYPANOSOMA EVANSI EM DIFERENTES ESPÉCIES DE ANIMAIS INOCULADAS EXPERIMENTALMENTE
Autor(es): Débola Lima Nascimento, Otávio Luiz Fidelis Junior, Paulo Henrique Sampaio, Patrícia de Athayde Barnabé, Percílio Brasil dos Passos, Luiz Carlos Marques, Rosangela Zacarias Machado, Fabiano Antonio Cadioli

VARIAçõES DA BIOMETRIA DO TRYPANOSOMA EVANSI EM DIFERENTES ESPéCIES DE ANIMAIS INOCULADAS EXPERIMENTALMENTE
» Área de pesquisa: PROTOZOOLOGIA
» Instituição: Faculdade de Medicina Veterinária de Araçatuba/Unesp (FMVA)
» Agência de fomento e patrocinadores: PIBIC REITORIA UNESP 19729
Trypanosoma evansi causa importantes prejuízos econômicos em rebanhos animais da África, Ásia e Américas Central e Sul. No Pantanal mato-grossense T. evansi gera prejuízos de US$ 2,4 milhões/ano. Seu diagnóstico é realizado comumente por esfregaço sanguíneo nos quais a estrutura geral das formas tripomastigotas é analisada, buscando-se diferenciar as espécies de tripanossomos. O presente estudo observou as alterações biométricas de um mesmo isolado de T. evansi inoculado em diferentes espécies animais infectados experimentalmente. Para isso o isolado de T. evansi empregado foi inoculado experimentalmente em equinos, ovinos, jumentos e ratos. Os esfregaços foram confeccionados a partir de amostras de sangue obtidas durante períodos de parasitemia e corados com Rosenfeld modificado. Foram fotografadas 100 formas tripomastigotas, objetiva de 100X, para cada espécie infectada, empregando-se um microscópio Olympus BX61 acoplado a câmara digital DP-71, As imagens obtidas foram analisadas pelo Image Pro Plus 6.1, sendo mensurados o comprimento total (L), comprimento do flagelo livre (F), da extremidade posterior ao núcleo (PN) e do núcleo à extremidade anterior (PA). Os dados obtidos para equinos, ovinos, jumentos e ratos, foram respectivamente, para L, 23,34±2,38, 24,46±2,65, 20,47±2,16 e 24,75±3,16; para F, 6,28±1,34, 7,26±1,38, 5,02±1,22 e 6,95±1,72; para PN, 7,01±1,17, 8,05±1,35, 6,83±1,13 e 7,60±1,81, para PA, 6,53±1,33, 6,73±1,23, 6,50±1,41 e 7,05±2,21. As formas tripomastigotas apresentaram-se delgadas e discinetoplásticas, com núcleo na metade anterior. Tripanossomos de equinos apresentam comprimento e flagelos maiores que os tripanossomos de outras espécies. Embora se considere que o T. evansi seja monomórfico e que ocorra pouca variação biométrica em um mesmo isolado, observou-se que estas variações biométricas ocorrem e parecem estar relacionadas à espécie parasitada, talvez como processo adaptativo ao novo hospedeiro e deste modo, nos processos primários de classificação de tripomastigotas sanguícolas, deve-se atentar para a espécie na qual o parasito foi isolado.