ANAIS 2014
SOROPREVALÊNCIA DE BABESIA VOGELI EM UMA POPULAÇÃO CANINA HOSPITALAR NO SUL DE MINAS GERAIS
Autor(es): MANOEL JUNQUEIRA MACIEL RIBEIRO, ANTÔNIO MARCOS GUIMARÃES, FÁBIO RAPHAEL PASCOTI BRUHN, CHRISTIANE MARIA BARCELOS MAGALHÃES ROCHA, JULIANA PIERANGELI FONSECA

SOROPREVALÊNCIA DE BABESIA VOGELI EM UMA POPULAÇÃO CANINA HOSPITALAR NO SUL DE MINAS GERAIS
» Área de pesquisa: PROTOZOOLOGIA
» Instituição: Universidade Federal de Lavras (UFLA)
» Agência de fomento e patrocinadores: FAPEMIG
Babesiose canina, causada por Babesia vogeli (Piroplasmida: Babesiidae), é uma doença parasitária caracterizada por febre, letargia, anorexia, anemia hemolítica imunomediada e trombocitopenia. Os objetivos deste estudo foram determinar a soroprevalência de B. vogeli (RIFI ≥ 1:80), correlacionar o sorostatus com variáveis epidemiológicas e, avaliar a associação entre soropositividade e os parâmetros hematológicos (eritrograma e plaquetometria), em 159 cães atendidos no Hospital Veterinário da UFLA, Lavras (MG), entre setembro/2011 a março/2012. Os dados deste estudo foram analisados no pacote SPSS Statistics 20. A identificação dos fatores epidemiológicos (variáveis independentes) associados à infecção por B. vogeli em cães (variável dependente) foi feita pelo teste de Qui-quadrado (X2), sendo selecionadas variáveis que apresentaram P<0,2 para a construção do modelo múltiplo de regressão logística binária. A análise entre os sinais clínicos (variáveis dependentes) e a sorologia (variável independente) foi feita também pelo teste de X2, sendo o risco estimado por meio da odds ratio (OR) e seu intervalo de confiança (IC) a 95%. Já a existência de diferenças nas médias dos resultados dos parâmetros hematológicos em relação ao sorostatus foi determinada pelo teste de t de student. Para o cálculo da prevalência verdadeira, com IC de 95%, foram considerados os valores de 100% e 79,2%, respectivamente, para sensibilidade e especificidade. Na população canina houve um predomínio de machos (58,4%), SRD (54,0%), adultos (76,4%) e oriundos de área urbana (86,3%). A prevalência verdadeira de cães soropositivos foi 40,2% (IC95 40,0% ─ 59,2%). Nenhuma das variáveis epidemiológicas, como sexo e idade dos cães, apresentou associação significativa (p>0,05) com a soropositividade para B. vogeli, resultado igualmente verificado entre o status sorológico e os sinais clínicos e os valores de eritrograma e plaquetometria. Os resultados deste estudo sugerem que a infecção por B. vogeli é endêmica na população canina hospitalar, com predomínio da infecção subclínica (assintomática) nos cães soropositivos. Financiado pela FAPEMIG.