ANAIS 2014
EFICÁCIA E MANEJO ANTI-HELMÍNTICO NO REBANHO OVINO FLUMINENSE
Autor(es): Jordana Andrioli Salgado, Letícia Vidal Cruz, Bruna Silva, Adriele Silva Alvarenga, Susane Borges Rodrigues, Letícia Oliveira da Rocha, Clóvis de Paula Santos

EFICÁCIA E MANEJO ANTI-HELMÍNTICO NO REBANHO OVINO FLUMINENSE
» Área de pesquisa: HELMINTOLOGIA
» Instituição: Universidade Estadual do Norte Fluminense-Darcy Ribeiro
» Agência de fomento e patrocinadores: FAPERJ
A cadeia produtiva de ovinos no Brasil encontra-se em organização, principalmente em regiões com potencial de crescimento como a Sudeste. O Rio de Janeiro é um polo promissor na produção de ovinos em vista do aporte tecnológico oferecido na região e importante centro consumidor de carne ovina. Um dos principais entraves na produção de pequenos ruminantes em todo o país, e que limita o aproveitamento econômico dos animais, são as parasitoses gastrintestinais que são de difícil controle devido ao rápido aparecimento de resistência anti-helmíntica. Esse trabalho avaliou a eficácia anti-helmíntica e o manejo utilizado para o controle de nematodioses gastrintestinais no rebanho ovino Fluminense. Foram avaliadas 18 propriedades ovinocultoras distribuídas no território estadual com os cinco principais anti-helmínticos utilizados: albendazol; levamisol, ivermectina, moxidectina e closantel. Para o cálculo de eficácia, foi utilizado o teste de redução da contagem de ovos nas fezes (TRCOF), comparando o exame de OPG (ovos por grama de fezes) inicial com o posterior à 14 dias; sendo considerada eficaz a droga com 95% de redução. Para cada grupo de droga testada foram utilizadas no mínimo 10 ovelhas adultas distribuídas aleatoriamente. Em cada propriedade foi realizado um questionário a fim de se averiguar o manejo anti-helmíntico realizado. Nenhuma droga foi eficaz em 44 % das propriedades avaliadas. Ivermectina e albendazol foram ineficazes nos animais de todas as propriedades, closantel foi eficaz em uma propriedade, moxidectina em três e Levamisol em oito. O gênero predominantemente resistente foi Haemonchus spp. A droga anteriormente utilizada pelos produtores rurais foi ineficaz em todos os casos, e administrada sem o cálculo correto de dose e com critérios de tratamento inadequados. Diagnosticou-se grave problema de resistência anti-helmíntica múltipla nos ovinos do estado do Rio de Janeiro e a urgente necessidade de medidas para disseminar o adequado controle parasitário.