PARASITISMO POR MONOGENEA EM ASTYANAX FASCIATUS (CUVIER, 1819) PROVENIENTES DO RIO BATALHA, SÃO PAULO
Autor(es): Aline de Almeida Camargo, Natacha Heloísa Olavo Pedro , Larissa Sbeghen Pelegrini, Diego Henrique Mirandola Dias Vieira, Rodrigo Severiano Rocha , Rodney Kozlowiski de Azevedo, Vanessa Doro Abdallah
PARASITISMO POR MONOGENEA EM ASTYANAX FASCIATUS (CUVIER, 1819) PROVENIENTES DO RIO BATALHA, SÃO PAULO
» Área de pesquisa: HELMINTOLOGIA
» Instituição: Universidade Estadual Paulista
» Agência de fomento e patrocinadores: FAPESP,CNPq e CAPES
O lambari-de-rabo-vermelho Astyanax fasciatus (Cuvier, 1819) é um peixe de pequeno porte, podendo atingir até 20 cm de comprimento. Possui corpo claro e nadadeiras vermelhas, dentes cuspidados e formam cardumes de 15 a 50 indivíduos. Tal comportamento facilita a transmissão de parasitos entre os indivíduos, principalmente de helmintos monogenéticos, já que suas larvas (oncomiracídio) são ciliadas e podem se locomover na coluna d’água em busca de novos hospedeiros. Apresentam ampla distribuição geográfica, podendo ser encontrado ao longo da bacia do alto Paraná. No período de 13/08/13 a 16/05/14 foram realizadas 9 coletas ictiológicas no rio Batalha, um importante afluente do rio Tietê e foram analisados 28 exemplares de A. fasciatus. Os peixes foram armazenados em sacos individuais e analisados no Laboratório de Ictioparasitologia da USC em Bauru – SP. A superfície do corpo, brânquias e narinas foram examinadas à procura de Monogenea. Foram coletados, conservados em álcool 70˚GL e lâminas foram montadas para identificação das espécies em microscopia. Cerca de 75% dos peixes analisados estavam parasitados por pelo menos uma espécie de Monogenea. Cinco espécies de Monogenea foram identificadas: Jainus sp., Palombitrema sp., Sciadicleithrum sp., Diaphorocleidus kabatai e Diaphorocleidus sp. Todas as espécies de parasitos foram encontradas nas brânquias. D. kabatai apresentou maior valor de prevalência (39,3%), enquanto que Diaphorocleidus sp. apresentou prevalência de 28,6% e maior valor de abundância (1,8 parasitos por peixe analisado). Jainus sp. apresentou prevalência de 10,7% e maior valor de intensidade (9 parasitos por peixe infectado). Palombitrema sp. e Sciadicleithrum sp. apresentaram prevalências inferiores a 10%. Todas as espécies de parasitos encontrados estão sendo registrados pela primeira vez nesse rio e as espécies Sciadicleithrum sp. e Diaphorocleidus sp. estão sendo registradas pela primeira vez nesse hospedeiro. O Monogenea Diaphorocleidus sp provavelmente trata-se de uma nova espécie.