Parasitismo por Macrogyropus costalimai em Dasyprocta sp.
Ectoparasitas que acometem animais silvestres são pouco conhecidos, por esse motivo, os relatos de parasitismo nesses animais são importantes. Em cotias há relatos de parasitismo pelo piolho Macrogyropus amplexans amplexans, morfologicamente muito parecido com M. costalimai relatado parasitando pacas (Cuniculus paca). A dificuldade em ter exemplares machos e fêmeas de ambas as espécies ainda gera divergências quanto a serem distintas. O objetivo desse trabalho é relatar a ocorrência de piolhos coletados em cutia (Dasyprocta sp.) de vida livre recebida para atendimento no Hospital Veterinário da Universidade do Contestado - UnC Campus Canoinhas em setembro de 2013. O animal foi resgatado, após moradores da cidade o terem encontrado e relatado sobre sua presença à polícia ambiental. No exame físico foram encontrados três exemplares de ectoparasitas pequenos dispersos pela superfície corporal, que foram coletados manualmente e acondicionados em álcool 70O. Na análise morfológica foram identificadas duas fêmeas medindo 2,2 e 2,1 mm de comprimento e um macho com comprimento de 2 mm. Apresentavam grande comprimento das pernas e no par de patas anterior duas garras tarsais enquanto nos posteriores havia somente uma. Quetotaxia uniforme caracterizada por uma única fila transversal de pequenos pelos nos segmentos abdominais os definiram como sendo da família Gyropidae, gênero Macrogyropus. O formato da cabeça, o protórax largo e, no macho, a morfologia do edeago, rombo sem prolongamento; na fêmea, a quetotaxia da porção final do abdômen os definiu como sendo da espécie Macrogyropus costalimai.
Palavras-chave: cotia, Macrogyropus, piolho, animal silvestre
|
