A cisticercose bovina é responsável por prejuízos na cadeia produtiva da carne. No Brasil, o controle do complexo teníase-cisticercose está baseado na inspeção post-mortem de carcaças e na educação sanitária. No Brasil, são abatidos mais de 34 milhões de bovinos (IBGE 2013) por ano e a prevalência de cisticercose bovina variam de 0,7% a 5,3% (TORRES, et al., 2002), de acordo com as regiões. Monitorou-se uma propriedade de gado de corte localizada no município de Três Lagoas, MS (S 20°20,98 5' W 052°07,49 7'), que realiza engorda de machos oriundos de diversos locais em sistema de confinamento por um período de 30 meses (2011 a 2013) a qual apresentou 25% de carcaças positivas para cisticercose no ano de 2010. Algumas medidas de controle foram realizadas incluindo a construção da rede de movimentação animal da propriedade a qual permitiu a identificação de propriedades de onde eram adquiridos os animais com maior ocorrência de cisticercose e a subsequente mudança de fornecedores de animais para engorda; a educação sanitária junto aos trabalhadores que moram na propriedade; o treinamento de funcionários para utilização do sulfóxido de albendazole 15% (Agebendazol®) na dose de 7,5 mg/kg de peso, em quatro aplicações aos 60 e 30 dias antes de entrar em confinamento, no primeiro dia e 30 dias após. Estas abordagens resultaram na redução gradual da ocorrência da cisticercose para 3,7% (31/837) em 2011, 1,8% (39/2142) em 2012 e 0,0 (0/1246) em 2013. Estes resultados confirmam que o manejo quimioterápico adequado e a análise de rede de movimentação animal podem ajudar no controle da cisticercose bovina, minimizando perdas econômicas, bem como prevenindo a teníase humana. |