Os flagelados, capazes de infectar uma ampla gama de hospedeiros, incluindo mamíferos, aves e répteis. A giardíase é um problema frequente na clínica humana e de pequenos animais. O espectro de sintomas desta protozoose é extremamente variável, sendo observadas desde infecções assintomáticas até quadros de diarréia severa e prolongada, associadas em sua fase crônica, às síndromes de má absorção. Cerca de 70% dos portadores não desenvolve sintomatologia clínica. A importância do diagnóstico e do tratamento de animais parasitados reside no fato de que eles possam atuar como reservatórios da infecção para humanos. O presente trabalho teve como objetivo comparar a sensibilidade da técnica de Faust e cols. (1939) quando realizada em um, dois ou três dias consecutivos no diagnóstico da infecção por Giardia duodenalis em cães. Para isso foram coletadas, durante três dias consecutivos, amostras provenientes de 94 animais da cidade de Niterói, Rio de Janeiro. Foram considerados positivos os caninos que apresentaram cistos do parasito em suas fezes em pelo menos um dia de execução da técnica. As infecções por Giardia duodenalis foram diagnosticadas em 11 pacientes no primeiro dia de obtenção de amostras fecais, 15 no segundo dia e 18 no terceiro. A realização das coletas seriadas incrementou a presença de resultados positivos em cerca de 40%. Além disso, foi possível a detecção de sete outros enteroparasitos cujos cães podem ser encontrados como hospedeiros. Portanto, a técnica de Faust e cols., apresentou-se, de forma progressiva, significativamente mais sensível para o diagnóstico da infecção por Giardia spp. em cães quando realizada em amostras fecais eliminadas durante dois ou três dias consecutivos, quando comparada com somente um dia de coleta. |