AVALIAÇÃO DA ASSOCIAÇÃO DOS FUNGOS DUDDINGTONIA FLAGRANS E MONACROSPORIUM THAUMASIUM SOBRE LARVAS INFECTANTES DE TRICOSTRONGILÍDEOS
Autor(es): Alexandre de Oliveira Tavela, Fábio Ribeiro Braga, Jáckson Victor de Araújo, Lúvia Souza de Sá, Danielle Klein, Ana Paula Remor Sebolt, Cristiane Parisotto, Letícia Cordeiro, Mariana Besen, Rhaona Aparecida Gaest Odorizzi
AVALIAçãO DA ASSOCIAçãO DOS FUNGOS DUDDINGTONIA FLAGRANS E MONACROSPORIUM THAUMASIUM SOBRE LARVAS INFECTANTES DE TRICOSTRONGILíDEOS
» Área de pesquisa: HELMINTOLOGIA
» Instituição: Universidade Federal de Santa Catarina
» Agência de fomento e patrocinadores: CAPES, CNPq, FAPEMIG.
Os nematoides tricostrongilídeos causam grandes perdas econômicas na ovinocultura e na caprinocultura, sendo que nos países tropicais destacam-se os gêneros Haemonchus sp. e Trichostrongylus sp.. O atual controle desses nematoides com anti-helminticos tem se mostrado caro e ineficiente, destacando a importância do uso de outras técnicas alternativas, como o controle biológico utilizando fungos nematófagos. O objetivo do presente trabalho foi avaliar in vitro a associação dos fungos nematófagos Duddingtonia flagrans (AC001) e Monacrosporium thaumasium (NF34) sobre larvas infectantes de tricostrongilídeos de caprinos. Foram formados quatro grupos, sendo 3 grupos tratados e um controle, com 6 repetições para cada. Nos grupos tratados, placas de Petri de 9 cm de diâmetro e recobertas por 20 mL de Ágar Água 2% continham 1000 L3 de tricostrongilídeos e três diferentes concentrações de conídios: grupo 1 (AC001 + NF34 - 500 conídios); grupo 2 (AC001 + NF34 – 1000 conídios); grupo 3 (AC001 + NF34 – 3000) e o grupo controle continha apenas 1000 L3 nas placas. Durante seis dias, a cada 24 horas, para cada placa dos grupos tratados foi contado o número de L3 não predadas. No sétimo dia foram recuperadas as L3 não predadas do conteúdo de cada placa de Petri através do método de Baermann. Os fungos nematófagos testados, nas diferentes concentrações de conídios foram eficientes na destruição in vitro das L3 de tricostrongilídeos (p<0,05), com redução da média de L3 recuperadas superior a 90% no final do estudo, nas três concentrações testadas. Não houve diferença (p>0,05) entre as diferentes concentrações avaliadas. Sendo assim, a associação dos isolados de fungos predadores D. flagrans e M. thaumasium é promissora e pode ser interessante no tratamento de animais a campo.